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Depois de comemorar antecipadamente, domingo passado, após vencer o Grêmio, no Mineirão, o Cruzeiro confirmou a conquista do seu terceiro título brasileiro, na noite desta quarta-feira, no Barradão, em Salvador, com um triunfo sobre o Vitória, por 3 a 1. A vitória do Criciúma sobre o Atlético-PR, em Santa Catarina, por 2 a 1, desobrigava a equipe celeste de ganhar o jogo, mas o futebol ofensivo demonstrado ao longo da competição foi coroado com mais um resultado positivo, deixando a festa completa. Mesmo atuando todo o segundo tempo com o título assegurado, a equipe mineira mostrou vontade e competência para ganhar mais uma partida.
Tanto que a celebração oficial começou no intervalo com direito até mesmo a aplausos da torcida adversária. Os jogadores ficaram reunidos no vestiário, acompanhando o jogo em Criciúma. Assim que foi confirmado o triunfo catarinense, os atletas voltaram para o gramado correndo e comemorando a conquista, que premia o melhor time da competição, com uma campanha irretocável. A equipe mineira foi campeã com quatro rodadas de antecedência, igualando feito do São Paulo, em 2007. “Maravilha, agora é só comemorar. A torcida em BH tem que comemorar bastante”, disse Borges, sem esconder a euforia.
Mais eufórico ainda foi o diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, que usou a famosa frase do ex-técnico Zagallo: “vocês vão ter que engolir e vem mais por aí”, afirmou no microfone da Rádio Itatiaia, em tom de desabafo. O técnico Marcelo Oliveira foi bem mais contido. “Vamos concentrar para o jogo que é importante, temos um compromisso, outras equipes interessadas, vamos concluir o trabalho e depois a gente comemora. Mas estão todos de parabéns pelo título”, salientou.
Quando os atletas celestes pisaram no gramado do Barradão, para começar o jogo, o Criciúma vencia o Atlético-PR, naquele momento, por 2 a 0. A confirmação do triunfo catarinense já garantiria a oficialização do grito de campeão, independente do resultado em Salvador. “Ouvi a manifestação da torcida do Cruzeiro e já imaginei que fosse gol do Criciúma. É bom, esperava isso mesmo. O Criciúma lá, dentro é muito forte”, disse o técnico Marcelo Oliveira, antes de a bola rolar no Barradão.
O técnico Ney Franco, após dar um abraço no amigo Marcelo Oliveira, a quem indicou para substituí-lo no Coritiba e que, segundo concordam os dois, têm estilos semelhantes de trabalho, ressaltou o fato de seu time enfrentar o já campeão brasileiro. “O Cruzeiro já é o campeão e nós estamos nessa luta danada pelo G4”, observou o ex-treinador da base cruzeirense. E a exemplo do que ocorreu em outros jogos desta 34ª rodada, os jogadores das duas equipes cruzaram os braços, antes do início do jogo, em protesto articulado pelo Bom Senso Futebol Clube.
A tranquilidade cruzeirense de um lado e a obrigação de somar os três pontos para o Vitória continuar brigando por vaga no G4, deixou o jogo totalmente aberto. Os dois times criaram e desperdiçaram muitas chances. Antes de Willian, abrir o marcador para os campeões brasileiros, o time baiano teve suas possibilidades, com Marquinhos e Dinei, principalmente, mas esbarrou no goleiro Fábio e também em seus erros de finalizações.
O Vitória começou o primeiro tempo na base da pressão, em em busca de um gol logo no começo, enquanto o Cruzeiro recuava e tentava usar seu principal trunfo: a saída em velocidade da defesa para o ataque. O time da casa criava boas jogadas com Marquinhos, pela direita, levando vantagem sobre Egídio. Assim desperdiçou uma série de oportunidades, em uma delas Marcelo teve a chance de chutar duas vezes, mas errou o alvo.
O Cruzeiro mostrava falhas em seu sistema defensivo. Leandro Guerreiro, o substituto de Nilton, lesionado, demonstrava falta de ritmo, por ter ficado muito tempo sem jogar. Quando tinha a posse de bola, no entanto, a equipe celeste chegava com perigo, como em um lance em que Willian, que substituiu ao suspenso Everton Ribeiro, bateu forte, obrigando a Wilson a fazer boa defesa. Aos 21 min, Borges recebeu a bola na área baiana, girou bem, mas errou o alvo, por pouco. Três minutos depois foi a vez de Marquinhos chutar e Fábio fazer ótima defesa.
A partida era movimentada e muito ofensiva. Aos 29 min, Dinei desperdiçou outra chance evidente para o Vitória. Mas foi o Cruzeiro que balançou as redes ainda na etapa inicial, aos 36 min, quando Willian recebeu passe de Dagoberto para vencer o goleiro Wilson. No intervalo, os atletas celestes acompanharam, no vestiário do Barradão, o final do jogo em que a vitória do Criciúma sacramentou o terceiro título celeste e quebrou um jejum de 10 anos sem uma conquista de maior repercussão.
A inusitada volta do time cruzeirense, já campeão brasileiro, para o gramado deu o tom do segundo tempo. O Vitória aguerrido e correndo muito, enquanto o Cruzeiro tentava concluir a partida da melhor maneira e, se possível, com triunfo. Aos 5 min, no entanto, o time anfitrião empatou, com um gol de Dinei, em uma dividida com o goleiro Fábio. O empate foi intensamente comemorado pela torcida baiana, que pouco antes havia reconhecido a performance celeste e aplaudido os adversários pelo título. Mas, apesar da pressão do Vitória e mesmo não dependendo do resultado, o Cruzeiro ainda encontrou forças para fazer o segundo gol, por meio de Júlio Baptista, aos 25 min da etapa final.
A torcida do Cruzeiro, que compareceu em bom número no Barradão, soltou o grito de “é campeão”, durante os 45 minutos da etapa final, agitando bandeiras, camisas e faixas comemorativas do tricampeonato. E a euforia foi ainda maior com o terceiro gol celeste, marcado por Ricardo Goulart, aos 35 min, confirmando a 23ª vitória do campeão e chegando a 74 pontos. No banco, os reservas do time mineiro prosseguiam a celebração e deram um banho em Marcelo Oliveira. A diretoria do Cruzeiro, por sua vez, já confirmou desfile dos campeões em carro aberto, na manhã desta quinta-feira, após a chegada da delegação no Aeroporto de Confins.
VITÓRIA 1 X 3 CRUZEIRO
Data: 13/11/2013 (quarta-feira)
Local: Barradão, em Salvador (BA)
Árbitro: Paulo Henrique de Godoy Bezerra
Auxiliares: Neuza Ines Back e Carlos Berkenbrock
Renda: R$ 361.447
Público: 27.168 pagantes
Cartões amarelos: Juan, Victor Ramos (VIT); Borges, Willian (CRU)
Gols: Willian, aos 36 min do primeiro tempo; Dinei, aos 5 min e Júlio Baptista, aos 25 min e Ricardo Goulart, aos 35 min do segundo tempo
VITÓRIA
Wilson; Ayrton (Pedro Oldoni), Kadu, Victor Ramos e Juan; Marcelo (Euler), Luís Cáceres, Renato Cajá (Willian Henrique) e Escudero; Marquinhos e Dinei
Técnico: Ney Franco
CRUZEIRO
Fábio; Mayke, Dedé, Léo e Egídio (Everton); Leandro Guerreiro, Lucas Silva, Ricardo Goulart e Willian; Dagoberto (Tinga) e Borges (Júlio Baptista)
Técnico: Marcelo OliveiraDepois de comemorar antecipadamente, domingo passado, após vencer o Grêmio, no Mineirão, o Cruzeiro confirmou a conquista do seu terceiro título brasileiro, na noite desta quarta-feira, no Barradão, em Salvador, com um triunfo sobre o Vitória, por 3 a 1. A vitória do Criciúma sobre o Atlético-PR, em Santa Catarina, por 2 a 1, desobrigava a equipe celeste de ganhar o jogo, mas o futebol ofensivo demonstrado ao longo da competição foi coroado com mais um resultado positivo, deixando a festa completa. Mesmo atuando todo o segundo tempo com o título assegurado, a equipe mineira mostrou vontade e competência para ganhar mais uma partida.
Tanto que a celebração oficial começou no intervalo com direito até mesmo a aplausos da torcida adversária. Os jogadores ficaram reunidos no vestiário, acompanhando o jogo em Criciúma. Assim que foi confirmado o triunfo catarinense, os atletas voltaram para o gramado correndo e comemorando a conquista, que premia o melhor time da competição, com uma campanha irretocável. A equipe mineira foi campeã com quatro rodadas de antecedência, igualando feito do São Paulo, em 2007. “Maravilha, agora é só comemorar. A torcida em BH tem que comemorar bastante”, disse Borges, sem esconder a euforia.
Mais eufórico ainda foi o diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, que usou a famosa frase do ex-técnico Zagallo: “vocês vão ter que engolir e vem mais por aí”, afirmou no microfone da Rádio Itatiaia, em tom de desabafo. O técnico Marcelo Oliveira foi bem mais contido. “Vamos concentrar para o jogo que é importante, temos um compromisso, outras equipes interessadas, vamos concluir o trabalho e depois a gente comemora. Mas estão todos de parabéns pelo título”, salientou.
Quando os atletas celestes pisaram no gramado do Barradão, para começar o jogo, o Criciúma vencia o Atlético-PR, naquele momento, por 2 a 0. A confirmação do triunfo catarinense já garantiria a oficialização do grito de campeão, independente do resultado em Salvador. “Ouvi a manifestação da torcida do Cruzeiro e já imaginei que fosse gol do Criciúma. É bom, esperava isso mesmo. O Criciúma lá, dentro é muito forte”, disse o técnico Marcelo Oliveira, antes de a bola rolar no Barradão.
O técnico Ney Franco, após dar um abraço no amigo Marcelo Oliveira, a quem indicou para substituí-lo no Coritiba e que, segundo concordam os dois, têm estilos semelhantes de trabalho, ressaltou o fato de seu time enfrentar o já campeão brasileiro. “O Cruzeiro já é o campeão e nós estamos nessa luta danada pelo G4”, observou o ex-treinador da base cruzeirense. E a exemplo do que ocorreu em outros jogos desta 34ª rodada, os jogadores das duas equipes cruzaram os braços, antes do início do jogo, em protesto articulado pelo Bom Senso Futebol Clube.
A tranquilidade cruzeirense de um lado e a obrigação de somar os três pontos para o Vitória continuar brigando por vaga no G4, deixou o jogo totalmente aberto. Os dois times criaram e desperdiçaram muitas chances. Antes de Willian, abrir o marcador para os campeões brasileiros, o time baiano teve suas possibilidades, com Marquinhos e Dinei, principalmente, mas esbarrou no goleiro Fábio e também em seus erros de finalizações.
O Vitória começou o primeiro tempo na base da pressão, em em busca de um gol logo no começo, enquanto o Cruzeiro recuava e tentava usar seu principal trunfo: a saída em velocidade da defesa para o ataque. O time da casa criava boas jogadas com Marquinhos, pela direita, levando vantagem sobre Egídio. Assim desperdiçou uma série de oportunidades, em uma delas Marcelo teve a chance de chutar duas vezes, mas errou o alvo.
O Cruzeiro mostrava falhas em seu sistema defensivo. Leandro Guerreiro, o substituto de Nilton, lesionado, demonstrava falta de ritmo, por ter ficado muito tempo sem jogar. Quando tinha a posse de bola, no entanto, a equipe celeste chegava com perigo, como em um lance em que Willian, que substituiu ao suspenso Everton Ribeiro, bateu forte, obrigando a Wilson a fazer boa defesa. Aos 21 min, Borges recebeu a bola na área baiana, girou bem, mas errou o alvo, por pouco. Três minutos depois foi a vez de Marquinhos chutar e Fábio fazer ótima defesa.
A partida era movimentada e muito ofensiva. Aos 29 min, Dinei desperdiçou outra chance evidente para o Vitória. Mas foi o Cruzeiro que balançou as redes ainda na etapa inicial, aos 36 min, quando Willian recebeu passe de Dagoberto para vencer o goleiro Wilson. No intervalo, os atletas celestes acompanharam, no vestiário do Barradão, o final do jogo em que a vitória do Criciúma sacramentou o terceiro título celeste e quebrou um jejum de 10 anos sem uma conquista de maior repercussão.
A inusitada volta do time cruzeirense, já campeão brasileiro, para o gramado deu o tom do segundo tempo. O Vitória aguerrido e correndo muito, enquanto o Cruzeiro tentava concluir a partida da melhor maneira e, se possível, com triunfo. Aos 5 min, no entanto, o time anfitrião empatou, com um gol de Dinei, em uma dividida com o goleiro Fábio. O empate foi intensamente comemorado pela torcida baiana, que pouco antes havia reconhecido a performance celeste e aplaudido os adversários pelo título. Mas, apesar da pressão do Vitória e mesmo não dependendo do resultado, o Cruzeiro ainda encontrou forças para fazer o segundo gol, por meio de Júlio Baptista, aos 25 min da etapa final.
A torcida do Cruzeiro, que compareceu em bom número no Barradão, soltou o grito de “é campeão”, durante os 45 minutos da etapa final, agitando bandeiras, camisas e faixas comemorativas do tricampeonato. E a euforia foi ainda maior com o terceiro gol celeste, marcado por Ricardo Goulart, aos 35 min, confirmando a 23ª vitória do campeão e chegando a 74 pontos. No banco, os reservas do time mineiro prosseguiam a celebração e deram um banho em Marcelo Oliveira. A diretoria do Cruzeiro, por sua vez, já confirmou desfile dos campeões em carro aberto, na manhã desta quinta-feira, após a chegada da delegação no Aeroporto de Confins.
VITÓRIA 1 X 3 CRUZEIRO
Data: 13/11/2013 (quarta-feira)
Local: Barradão, em Salvador (BA)
Árbitro: Paulo Henrique de Godoy Bezerra
Auxiliares: Neuza Ines Back e Carlos Berkenbrock
Renda: R$ 361.447
Público: 27.168 pagantes
Cartões amarelos: Juan, Victor Ramos (VIT); Borges, Willian (CRU)
Gols: Willian, aos 36 min do primeiro tempo; Dinei, aos 5 min e Júlio Baptista, aos 25 min e Ricardo Goulart, aos 35 min do segundo tempo
VITÓRIA
Wilson; Ayrton (Pedro Oldoni), Kadu, Victor Ramos e Juan; Marcelo (Euler), Luís Cáceres, Renato Cajá (Willian Henrique) e Escudero; Marquinhos e Dinei
Técnico: Ney Franco
CRUZEIRO
Fábio; Mayke, Dedé, Léo e Egídio (Everton); Leandro Guerreiro, Lucas Silva, Ricardo Goulart e Willian; Dagoberto (Tinga) e Borges (Júlio Baptista)
Técnico: Marcelo Oliveira
Com Vitrine do Cariri
Foto: Lance Net
Foto: Lance Net