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O editorial do programa Revista Independente deste sábado (23) abordou as eleições de 2014 e a falta de uma representatividade genuinamente caririzeira, ao contrário de regiões como o Litoral, Borborema, Sertão e Alto Sertão da Paraíba.
O programa Revista Independente vai ao ar todos os sábados, das 11 às 13 horas, pela rádio IND FM (107,7) de Serra Branca e a Princesa AM (970) de Princesa Isabel, com apresentação de Klebson Wanderley, Fred Menezes, Lázaro Farias e Sabrina Barbosa.
Neste sábado, o entrevistado foi o secretário de Comunicação de Pernambuco, o caririzeiro de Parari Evaldo Costa.
Confira abaixo o editorial da semana:
No dia 5 de outubro de 2014 o eleitorado paraibano estará comparecendo novamente às urnas. Votará para presidente e vice-presidente da República, escolherá o governador do Estado e seu vice, e definirá a representação estadual no Congresso Nacional e os integrantes da Assembleia Legislativa.
Para o parlamento, os paraibanos escolherão 1 senador. Para a Câmara Federal serão eleitos 12 ou até 10 deputados e para a Assembleia Legislativa serão escolhidos 36 ou 30 deputados.
A dúvida sobre a quantidade de deputados federais e estaduais ainda persiste, por conta de uma pendenga provocada por decisão do TSE – Tribunal Superior Eleitoral, que resolveu elaborar legislação, cuja atribuição normalmente compete ao parlamento.
Independente da quantidade de agentes políticos a ser definida, os paraibanos certamente estarão exercendo o direito de escolher seus dirigentes e representantes. E nessa expectativa vale a pena renovar a importância do papel a ser desempenhado pelos cidadãos e pelas cidadãs do Cariri, fator que poderá ser decisivo para o fortalecimento regional.
Na atual bancada paraibana no Congresso Nacional, alguns parlamentares têm destinado emendas em benefício de municípios caririzeiros, entre os quais, Wellington Roberto, Nilda Gondim e Luiz Couto.
Mas não temos parlamentar genuinamente caririzeiro na bancada. Predominam na composição da bancada, deputados de outras regiões, principalmente de Campina Grande, João Pessoa, Sertão e Alto Sertão.
O Cariri já foi muito bem representado na Câmara Federal. Alguns exemplos: Arnaldo Lafayette, de Monteiro; Evaldo Gonçalves, de Sumé; Álvaro Filho e Álvaro Neto, de São João do Cariri. Afora alguns suplentes que também tiveram oportunidade de marcar presença no legislativo federal.
Nos últimos pleitos não foi eleito nenhum deputado cujo cordão umbilical tenha sido cortado nas terras semi áridas desta região. Deputados foram importados de outras plagas, recebendo os votos de confiança do povo que vota nos 31 municípios.
Em alguns municípios paraibanos, nas últimas eleições, o crescimento do eleitorado foi bem acima da média. Na cidade de Amparo, no Cariri, a oscilação chegou a 57,6% e, em Caturité de Boqueirão, o crescimento superou 52%, em dez anos.
Isto demonstra que, no quantitativo do eleitorado, o Cariri cresceu. Em termos de representatividade a nível federal, no entanto, aconteceu exatamente o contrário. O que tínhamos, já não temos.
No dia 5 de outubro próximo, entre as várias opções que certamente surgirão, o povo terá oportunidade de dizer se continuará com os importados ou se irá preferir um nome da terra.
Sejam quem forem os nomes preferidos, um ponto precisa estar devidamente definido.
O Cariri precisa fortalecer sua representação política
VITRINE DO CARIRI
Por Simorion Matos