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Um grande equívoco criado por vereadores opositores à atual gestão municipal em Barra de Santana, deixou a impressão para parte da população e da imprensa paraibana, que o prefeito de Barra de Santana, Amauri Ferreira de Souza (Didi) seria afastado de suas funções através somente de um requerimento, aprovado por 5 vereadores de um total de 9, presentes em sessão da câmara municipal, na qual o documento foi apresentado.
Em resposta à polêmica criada, o prefeito Didi foi claro e objetivo, ao conceder entrevista ao Jornalista Ubiratan Cirne, apresentador do Programa Caturité nos Municípios, da Rádio Caturité em Campina Grande: “Eu não gostaria de polemizar, mas queria dizer à população barra santanense que eu estou absolutamente tranquilo e vocês podem ficar na sua tranquilidade também, que não vai ser por qualquer ato desloucado ou vaidade pessoal de alguns, que eu vou sair ou me afastar da prefeitura, haja vista que nós não estamos mais em uma ditadura. Nós estamos em uma democracia, democracia essa que respeita os limites individuais de cada um e respeita seus direitos. Estão tentando ofuscar a administração que vem trabalhando por Barra de Santana, mas com factoides sem o menor embasamento, não irão conseguir”, afirmou Amauri.
O texto da matéria, elaborado pelo próprio vereador Antônio Costa, responsável pela solicitação, deixa porém, enormes brechas, considerando que não especifica valores, fatos, nem apresenta provas de nenhuma das irregularidades supostamente citadas em um dossiê que teria sido elaborado por estes parlamentares.
O fato é que a prefeitura municipal não recebeu nenhuma notificação do Ministério Público. Além do mais, um requerimento, seja ele elaborado por vereadores ou por qualquer cidadão, parlamentar ou não, é insuficiente para derrubar ou afastar um gestor que está interinamente na administração municipal por decisão do Supremo Tribunal Eleitoral. Desta forma não há possibilidades reais de afastamento do prefeito no atual momento, que não seja a decisão do Supremo em considerar ou não o resultado das últimas eleições municipais, realizadas em 2012.
Relativo às acusações, o prefeito de Barra de Santana explica: “Não tem fato determinante, não tem nada que dê causa. Falam que eu fui denunciado no Ministério Público. Há três ou quatro meses que citam o Ministério Público e nada. Nunca fui notificado, o Ministério Público nunca se manifestou. Até porquê, o Ministério Público não vai se manifestar se eu tenho lisura nos meus atos e não tenho nada a esconder”, afirmou Didi, que ainda complementou, “Eu sei que minha gestão é interina. Vai chegar um momento que eu vou ter que me afastar, mas eu vou me afastar quando for pra dar espaço ao prefeito de fato e de direito de Barra, eleito pelo voto popular, que se chama Joventino de Tião. Quando ele ganhar o recurso em Brasília, e vou sair e vou dar o espaço pra ele, merecido e de direito”, conclui Amauri Ferreira.
Na entrevista Amauri Ferreira ainda sugeriu pautas que sejam motivos reais de denúncia e pedidos de investigação no Ministério Público pelos mesmos vereadores, a exemplo de cerca de R$ 400.000,00 de déficit financeiro, mais de R$ 2 milhões de prejuízo em obras abandonadas e irregulares, interdição do hospital maternidade e de uma escola na sede por irregularidades na estrutura, dívidas altíssimas, desabamento de parte da estrutura de um ginásio de esportes recém concluído, dentre outras graves irregularidades deixadas de herança para a atual gestão, pelo prefeito antecessor. Todas estas irregularidades tem registros fotográficos e principalmente comprovação documental apresentada em relatórios elaborados por um engenheiro e pelo fiscal de obras do município, bem como pelo Tribunal de Contas da União e pelo Conselho Regional de Medicina, dentre outras instituições públicas.
Por Assessoria de Comunicação – Raiza Tavares