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Encerrando a programação da 4º edição do Novos Palcos e Plateias, o cantor e compositor Chico César se apresenta na cidade de Zabelê, na capela da Fazenda Santa Clara, construção do século XIX.
O Projeto tem como metas a formação de público, o acesso a uma cultura musical ausente em grande parte dos meios midiáticos e festivo popular, e o registro em audiovisual destas práticas. Em 2013 o Novos Palcos e Plateias chegou ao seu quarto ano, tendo início no mês de agosto e encerrando no mês de dezembro. As apresentações tem entrada gratuita e se iniciam sempre as 20h.
Chico César é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho musical, com canções que possuem letras muito poéticas, poesia para ser lida, ouvida, cantada e dançada. Passeando entre as baladas intimistas e o reggae dançante, passando pelo forró e coco, entre outros ritmos, em seus CDs Chico explora a poesia dos diversos estilos musicais.
Chico César apresenta-se em Zabelê, próximo dia 21/12, sábado, pontualmente às 20h.
Sobre Chico César
O cantor, compositor e instrumentista Chico César nasceu em 26 de janeiro de 1964 no município de Catolé do Rocha, interior paraibano. Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba ao mesmo tempo que passou a integrar o “Jaguaribe Carne”, grupo da capital paraibana que fazia poesia de vanguarda. Foi em 1991 que Chico resolveu deixar o jornalismo e dedicar-se somente a música, formando a Banda Cuscuz Clã, nome que seria também título do seu segundo álbum.
Em 1995 lançou “Aos Vivos” (Velas), seu primeiro álbum, acústico e ao vivo, com participações de Lenine e do lendário Lany Gordin, o disco trouxe canções que se eternizaram, exemplos de “À Primeira Vista” e “Mama África”. O sucesso nacional e internacional veio através do “Cuscuz Clã” (MZA/PolyGram). Seu terceiro disco, “Beleza Mano” foi uma imersão na cultura negra.
“Mama Mundi”, 2000, foi um disco repleto de canções que mostraram sua qualidade de intérprete. Em 2002 veio “Respeitem Meu Cabelos, Brancos”, um disco produzido com referências de várias partes do mundo, produção iniciada em Londres, passando por Recife, Salvador, João Pessoa e finalmente São Paulo, onde foi concluído. Ainda na primeira década deste século, Chico apresentou ao seu público “De uns tempos pra Cá” e “Francisco Forró y Frevo”.
Mais recentemente, Chico César celebrou sua carreira através do lançamento do DVD “Aos Vivos Agora” (2012), onde revive o mesmo repertório do disco que o lançou, agora com o auxílio vocal e da guitarra do jovem Dani Black.
Sua carreira artística tem repercussão internacional, o cantor realizou desde 1997, inúmeras turnês no mundo inteiro, apresentando-se em praticamente todos os países da Europa, Estados Unidos e Japão, além de lugares fora do circuito normal de shows como Cabo Verde, Finlândia e Turquia.
Além de se trabalho como cantor e compositor, Chico César possui também em seu currículo a publicação de livros, lançando em 2005 o livro Cantáteis (Cantos Elegíacos de Amozade) e em 2007 um áudiolivro com o mesmo nome. No CD, o cantor declama os versos do livro em que situa, na forma de poesia, as tênues fronteiras entre os sentimentos de amor e amizade.
Atualmente, Chico César, além de seu trabalho como artista, atua como gestor público, estando no cargo de Secretário de Cultura do Estado da Paraíba.
Premiações – Chico César foi Revelação do Prêmio Sharp/1995, Melhor Compositor pela APCA/1996, Prêmio MTV Music Awards como Melhor VideoClip de MPB/1996, para “Mama África”. “À Primeira Vista” ganhou prêmio de Melhor Música/1997 pelo Troféu Imprensa do SBT. A trilha que ele fez para o espetáculo infantil “Amídalas” recebeu o Prêmio Panamco (ex-Coca Cola) de Teatro Jovem, como melhor trilha/2000. A música “Soberana Rosa” (em inglês “She Walks this Earth”) que compôs juntamente com Ivan Lins e Victor Martins deu a Sting o Grammy 2001 de Melhor Performance Vocal Pop Masculina.
Sobre o ‘Novos Palcos e Plateias’
O “Novos Palcos e Plateias” iniciou-se em 2010, por iniciativa do Coletivo Atissar, jovens e adultos de Zabelê, Cariri paraibano, que viram na Fazenda Santa Clara, (um complexo histórico composto por uma Igreja do Século XIX construída por escravos e um cemitério onde eram enterrados vítimas da cólera que assolava a região naquele século) um ambiente propício a formação de plateias e circulação de artistas pouco visíveis nas mídias de massa.
Desde seu início, as apresentações artísticas acontecem no segundo semestre de cada ano, entre os meses de agosto e dezembro. Já passaram pelo Novos Palcos e Plateias nomes como Socorro Lira, Sandra Belê, Eloísa Olinto, Canto Andino, Jaelson Farias e João Batista, Ângela Perazzo e Jorge Ribbas, Lêda Dias e André Vasconcelos e Sex on the Beach. Os artistas ou grupos participantes do Projeto têm em seu repertório ou em suas performances, aspectos artísticos inéditos em comparação ao que é reproduzido nos festejos populares das cidades interioranas do Nordeste.
A 4ª edição do Novos Palcos e Plateias tem realização do Coletivo Atissar, Prefeitura Municipal de Zabelê, Fundação João José, e da Unidade Acadêmica de Arte e Mídia da Universidade Federal de Campina Grande, além de contar com uma rede de colaboradores que articula agentes culturais de várias cidades paraibanas. O projeto já acumula 20 apresentações artísticas registradas em DVDs/Documentários produzidos pelo Coletivo e distribuídos entre os artistas e parceiros na realização do Projeto.
Histórico da Fazenda Santa Clara
A fazenda Santa Clara surge no inicio do século XIX com a chegada do capitão João José da Silva Lima, homem de muitas riquezas, vinha foragido da cidade de Garanhuns – PE, instalou-se primeiro na região do Moxotó (Lagoa de Baixo, hoje município de Sertânia – PE). Casou-se com uma mulher que residia na zona rural de Zabelê, no entorno da atual Fazenda Santa Clara, mais tarde o capitão João José iniciou novo relacionamento com a irmã da sua esposa oficial, com a qual passou a residir no sitio Capitão-mor município de São Sebastião do Umbuzeiro. O capitão João José era proprietário de grande parte das terras do então povoado Zabelê. A capela de Santa Clara foi erguida após o Capitão João José ser penitenciado por dois padres que visitavam o povoado de Zabelê ao confessar que era bígamo.
Dono de certa quantidade de escravos, João José mandou-os construir a Capela, a imagem de Santa Clara foi doada pela Família Neves, moradora do povoado. A capela é uma típica construção escravocrata: paredes largas, pedras ao invés de tijolos, e uma acústica excelente.
Na fazenda também existe um cemitério que foi o primeiro cemitério de Zabelê, este foi construído devido ao grande numero de mortes causadas pela cólera que atingiu a região na época, os mortos eram levados de Zabelê pra serem enterrados em Santa Clara, tudo isto está preservado até hoje pelos descendentes de João José.
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