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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse na segunda-feira (27) que o partido lançará a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição em 10 de fevereiro, dia em que a sigla comemora 34 anos.
“Nossa proposta é transformar o dia 10 de fevereiro, que é o aniversário do PT, numa cadeia nacional para marcar o início da campanha da presidente Dilma e o início do nosso engajamento, do nosso apelo para as mobilizações sociais”, afirmou.
Segundo o dirigente petista, haverá um ato político em São Paulo, com a participação do ex-presidente Lula, para conclamar Dilma candidata. O convite oficial à presidente será feito por Falcão no fim desta semana.
“Nossa ideia é que ambos [Lula e Dilma] ou um dos dois esteja no ato em São Paulo”, disse o petista.
Ainda de acordo com o presidente do partido, os diretórios regionais devem fazer eventos que marquem as comemorações pelo aniversário da sigla e o início da campanha presidencial entre os dias 7 e 10 de fevereiro, que vão desde jantares e reuniões até bandeiraços.
Outro esforço para promover a pré-candidatura da presidente será em relação aos programas de rádio e TV do partido, que vão ao ar nos Estados do final de fevereiro a abril. O plano será traçado em reunião nesta terça-feira com a participação de todos os secretários estaduais de comunicação do PT.
O objetivo é gravar peças personalizadas em cada região, com a participação de Dilma e Lula.
Rui Falcão participou nesta segunda da primeira reunião do ano com os novos integrantes da Executiva Nacional do PT, na sede do partido na capital paulista.
Em nota oficial, o PT afirma que o “objetivo inarrável” é a reeleição da presidente e que seu segundo mandato deve ter “novas e maiores conquistas para o povo brasileiro”.
No texto, os dirigentes do partido pedem para “estreitar os vínculos com o movimento sindical e popular”, além da ampliação das alianças e da apresentação de um programa “capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudança da população”.
“Trata-se, ainda, de ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho/2013, as mudanças na formação social brasileira, as novas formas de participação da juventude e o enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais”, diz o texto.
A avaliação interna do partido é que o governo federal, principalmente com a presidente Dilma, está cada vez mais distante dos movimentos populares e sindicais, que foram base para a fundação do PT.
Além disso, dizem petistas, o partido ficou de fora da articulação dos protestos de junho, não conseguiu se apropriar do movimento e precisa dar uma resposta mais objetiva para o eleitor e a população.
MENSALÃO
A nota oficial divulgada pelo partido congratula a militância petista por ajudar a pagar as multas de condenados no processo do mensalão, como o ex-presidente do PT José Genoino, que conseguiu quitar a dívida com a ajuda de um site de arrecadação, e também do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, que colocou seu site no ar na semana passada.
“Por fim, queremos nos congratular com a militância que, solidariamente, vem contribuindo para pagar as multas injustas e desproporcionais impostas aos companheiros condenados na Ação Penal 470 do STF”, diz a nota.
O presidente nacional negou que a direção do partido não tenha dado respaldo aos petistas condenados.
Em entrevista à Folha, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) disse que sempre foi apoiado pela militância petista mas mostrou ressentimento quanto à direção nacional do partido e ao ex-presidente Lula.
“Nossa solidariedade já se manifestou na nota que publicamos em novembro de 2012 [data da condenação] e na campanha de solidariedade tocada pela militância [para pagar as multas]. Não podemos usar recurso do Fundo Partidário para pagar as multas”, explicou Falcão.
UOL