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O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado Ruy Carneiro, se mostrou surpreso com as declarações e críticas da vereadora Raíssa Lacerda ao governador Ricardo Coutinho (PSB) e ao Governo do Estado. “A posição de Raíssa não representa o pensamento do PSDB da Paraíba”. Segundo Ruy, algumas das críticas administrativas verbalizadas por Raíssa Lacerda, da mesma forma que as supostas queixas que as motivaram, até podem ser endossadas pelo PSDB e outros partidos, mas o tom e o contexto são inadequados. “Para nós a crítica política tem limites claramente inexcedíveis – a família e os familiares são alguns deles”.
Ruy fez questão de acentuar o apreço do partido tanto por Raíssa como por seu pai, o ex vice Governador José Lacerda, “aliados históricos de correção a toda prova, cuja companhia política sempre pretendemos preservar”, mas observou que na entrevista de Raíssa Lacerda há alguns “equívocos de avaliação”. A aliança com o Governador, em 2010, foi feita sobre uma carta de princípios e compromissos políticos em relação à Paraíba, “sem que se esperasse nada de pessoal, inclusive gratidão, embora esse seja um sentimento normal e até comum na maioria das pessoas”.
ALTO NÍVEL
O presidente do PSDB insistiu em que o partido tem seu próprio cronograma em relação ao processo sucessório e vai ouvir suas bases e lideranças antes de definir se mantém a aliança com o Governador do Estado ou se apresenta candidato próprio ao Governo. “Assim que tivermos uma posição definida, todos os nossos aliados históricos serão também consultados, inclusive o PSD, e os líderes José Lacerda e Raíssa Lacerda”.
Qualquer que seja o cenário político, no entanto, Ruy Carneiro ressalta que o PSDB fará campanha “em alto nível”, com os limites éticos que sempre observou. “Eventuais discordâncias políticas ou opções partidárias divergentes com o Governo e com o Governador não nos tornarão automaticamente inimigos, pois todos os partidos têm o direito legítimo de apresentar suas opções e candidaturas ao povo paraibano. Para se apresentar como opção, não é preciso sair brigando com ninguém”.
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