O abatedouro da Aval está situado numa área total de 2.570 metros quadrados, mas funcionará num espaço construído de 500 metros quadrados, que também abrigará uma área anexa com sala para a administração do empreendimento, vestiário, cantina e área para inspeção dos produtos.
Para o coordenador do Projeto Cooperar, Roberto Vital,a inauguração dessa obra confirma o conteúdo programático do Governo Ricardo Coutinho com a inclusão produtiva e empoderamento social e econômico das mulheres. “O projeto terá capacidade operativa com o abate e processamento de 200 aves/dia, para em 180 dias ter alcançado sua capacidade plena de 600 aves/dia”, disse. Segundo ele, o subprojeto de avicultura alternativa em Monteiro provocará um grande impacto socioeconômico na agricultura familiar de Monteiro e dos demais municípios da região do Cariri Ocidental.
Roberto Vital informou que, na próxima semana, uma equipe operacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) dará início a um treinamento direcionado aos beneficiários, para assegurar estrutura logística ao produto produzido, que ganhará condições efetivas de acesso ao mercado aberto através das feiras livres e supermercados, como também para suprir a demanda do mercado institucional através de iniciativas governamentais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O abatedouro em Monteiro, segundo maior em abate de aves caipira no Estado, tem a capacidade instalada para o abate de 600 aves/hora e contará inicialmente com registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), o que possibilitará a comercialização da produção em todas as regiões do Estado. Conta ainda com equipamento e instalações inicialmente necessárias para o registro das aves no Sistema Inspeção Federal (SIF), que garantirá a comercialização da produção em todo o território nacional.
Segundo a diretoria da associação, a produção anual de aves é de 270 mil cabeças, mas com o abatedouro, a perspectiva é dobrar a produção até o final deste ano.
A Aval foi fundada há quatro anos por um grupo de 16 agricultores com interesse em praticar avicultura alternativa. Possui área de abrangência em todo o território do município e conta atualmente com 86 sócios localizados em diversas comunidades rurais. A associação é formada em sua maioria por mulheres e jovens, que tem na avicultura sua principal fonte de renda e ocupação de mão de obra familiar.
O processo de produção primária avícola será gerido pela Aval, enquanto que o abate, beneficiamento, embalagem e distribuição serão feitos pela Cooperativa de Avicultores de Galinha Caipira e Agricultura Familiar do Estado da Paraíba Ltda (Coopeaves).
As famílias beneficiárias deste subprojeto de avicultura alternativa, financiado pelo Cooperar e Banco Mundial, residem nas comunidades Zé Gomes, Lagoa Grande de Cima, Menfis, Capoeiras, Riacho Verde, Limitão, Sítio do Meio, Cacimbinha, Pindurão, Angiquinho, Picos, Serrote de Cima, Amaro, Santa Catarina, Bredos, Pau D’arco, Tingui, Mulungu, Aroeira, Mocó de Cima, Pocinhos, Rancho dos Negros, Boa Esperança e Lagoa do Mato.