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Estamos vivenciando a Semana Santa, uma tradição religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se iniciou no Domingo de Ramos, relembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e terminará com a ressurreição, que ocorre amanhã, domingo de Páscoa.
Cada dia desta semana possui um significado especial porque representa as etapas finais de Jesus Cristo até a sua ressurreição. Ontem, sexta-feira santa, a carne foi evitada e muitas pessoas chegaram a praticar o jejum, um sacrifício em respeito ao sofrimento de Jesus e ao seu sangue que foi derramado.
Neste tempo em que se relembra o sacrifício do Cristo pela salvação da humanidade, muitos chegam a perguntar se valeu a pena o drama da paixão e morte do Cristo e se aquele tormento realmente serviu para melhorar a condição humana e o perfil dos chamados filhos de Deus.
Dois mil anos depois que o salvador da humanidade derramou seu sangue, o que se percebe nos dias de hoje é o homem cada vez mais imperfeito, pecaminoso, descrente e mal intencionado. Parece até que não houve qualquer aprendizado, ou melhor, o homem criado à semelhança de Deus aprendeu a praticar atos cada vez mais maléficos.
A própria igreja, criada para disseminar o nome de Jesus, tem ao longo dos séculos praticado ações abomináveis e se colocado a serviço da riqueza e do poder, contrariando totalmente os princípios e idéias do Messias prometido.
Denominações religiosas, sejam elas as tradicionais ou as ditas evoluídas, geram diariamente notícias de luxúria e pecado. Pastores vendilhões do templo e da palavra sagrada, padres pedófilos e religiosos a serviço da mesquinhez política.
O simbolismo da Semana Santa é muito forte, o sentido é muito bonito, mas a imperfeição do ser humano transforma esse período que deveria ser sagrado mais em festas profanas do que mesmo em celebração evangélica.
Ontem foi o dia do Judas e amanhã será o dia do Senhor.
Que a humanidade nos próximos anos reflita sobre o propósito do Cristo Salvador e contribua com suas ações, para que possamos viver, na verdade, uma Semana Santa.
Por Simorion Matos
