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Dados divulgados pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS), nesta terça-feira (27), mostram que na Paraíba o número de fatalidades em acidentes de trânsito tem aumentado consideravelmente. Entre 2002 e 2012, ocorreram 8.239 mortes causadas por acidentes de trânsito, ou seja, 26,1 mortes por 100 mil habitantes. Os números fazem parte de uma prévia do Mapa da Violência 2014 e a Paraíba está entre os cinco estados do Brasil que tiveram destaques negativo. Os outros quatro são Pará, Maranhão, Rondônia, e Piauí, cujas taxas cresceram acima de 10% em 2012.
Em 2009, primeiro ano após a entrada em vigor da Lei Seca, o número de mortes no trânsito do estado apresentou uma redução. Contudo, nos anos seguinte, as estatísticas voltaram a apresentar aumento gradativo do acidentes com óbitos.
Os números verificados no período entre 2008 e 2009, portanto antes da lei, foram de 818 pessoas mortas. No período imediatamente seguinte à sanção da nova legislação, as mortes passaram para 804. Já no segundo ano da Lei Seca, em 2010, o número de mortes chegou a 838.
O terceiro ano posterior à nova legislação, período de 2011, foram registradas 811 mortes, reduzindo os percentuais de queda em comparação ao ano anterior à lei. Em 2012, o número pulou de 811 mortes para 996, ou seja, 185 mortes a mais do que no ano de 2011.
Os números mostram que mesmo com o aumento de apreensões e atuações no Estado com a implantação da Lei Seca há exatos seis anos, o número de mortes não seguiu tendência de redução.
O fato do número de mortes por acidentes ter crescido na Paraíba, pode ser explicado pelo aumento gradativo da frota de veículos, que já representa quase um quarto da população do estado, que é de 3.914.418 habitantes. A frota da Paraíba de acordo com os dados do Denatran é de 424.628 automóveis, 10.438 ônibus/micro-ônibus, 415.143 motocicletas e 93.279 caminhões, que da um total de 943.488 veículos.
As vitimas de acidentes de trânsito tem direito ao seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), que cobre casos de morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e suplementares (DAMS) por lesões de menor gravidade causadas por acidentes de trânsito em todo o país.
O pagamento para beneficiários de vítimas fatais é de R$ 13.500. Nos casos de invalidez permanente, o pagamento pode chegar a até R$ 13.500, de acordo com a gravidade das lesões. Já o reembolso hospitalar e médico pode chegar a R$ 2.700.
Graça Macena do Blog do Gordinho