27
O problema da conexão também impede que alunos da rede estadual de ensino tenham acesso à internet. A secretária de Educação, Márcia Lucena, admitiu a falha e disse que esse é um grande desafio a ser vencido. “Temos internet em praticamente todas as escolas da rede, através dos laboratórios de informática, mas o que temos visto é que as soluções não são postas. Infelizmente não há possibilidade de 1 mil ou 2 mil alunos acessarem a internet simultaneamente”, afirmou.
Na avaliação da secretária, as operadoras ainda não têm estrutura suficiente para os avanços propostos para a educação e a tecnologia. “A questão da conectividade é um problema que temos. A velocidade que se tem não atende à necessidade. É importante destacar, inclusive, que todos têm o direito e a necessidade de acessar a internet na escola. Estamos avançando por um lado, mas a conectividade também precisa avançar”, destacou Márcia Lucena.
“A internet é precária, mas funciona”. Essa foi a declaração da diretora Eliane Figueiredo Diniz, da Escola Estadual Desembargador Botto de Menezes, no Jardim 13 de Maio, sobre o Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE). Segundo ela, com muita paciência, professores e alunos conseguem acessar a rede.
A escola foi uma das contempladas pelo programa Um Computador por Aluno (UCA), que não funciona, apesar dos computadores terem chegado em 2010. Elizabeth informou que os professores não fizeram a capacitação para dar início ao programa.
PROGRAMA CONECTA 1,590 MIL ESCOLAS
De acordo com informações oficiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o PBLE já conectou 1.590 escolas da Paraíba. Desse total, 931 são municipais, 649 são estaduais e 10 são federais. Todos os municípios paraibanos foram contemplados pelo programa. A secretária Márcia Lucena disse que o acesso à internet é realidade em praticamente todas as escolas da Paraíba. “Apenas 20, das quais quatro urbanas, não possuem internet”, afirmou a secretária.
A operadora responsável pelos atendimentos é a Oi. As denúncias de irregularidades no programa são apuradas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo o FNDE, as queixas mais frequentes são referentes à baixa velocidade da conexão (quando a operadora oferta velocidade inferior da praticada comercialmente). É a Anatel também a responsável pela punição das empresas em caso de descumprimento das obrigações. A reportagem procurou a Anatel, que não enviou resposta sobre os questionamentos. A operadora Oi também foi procurada, mas o JORNAL DA PARAÍBA não obteve sucesso.
Sobre a distribuição de tablets, o FNDE informou que todos os docentes atuantes na Paraíba foram atendidos. No ano passado foram adquiridos 61.643 equipamentos, os quais foram entregues na Secretaria de Educação. A secretária Márcia Lucena, por sua vez, disse que todos os professores do ensino médio da rede estadual já receberam os tablets.
A distribuição vem sendo feita desde o ano passado também aos alunos do 1° ano. O tablet proporciona acesso ao conteúdo programático e deixa as aulas mais atraentes. Este ano, a entrega dos equipamentos começou em março. Serão distribuídos 26.400 tablets para alunos da 1ª série do ensino médio. Entre os docentes serão 15.243 equipamentos. Os tablets, que são patrimônio público, terão que ser devolvidos em caso de desligamento da escola.
Com Jornal da Paraíba