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O ex-prefeito de Taperoá, Deoclécio Moura (sem partido), concedeu sua primeira entrevista a imprensa após os boatos de racha com o atual gestor e seu sucessor, Jurandi Pileque (PMDB). Dr. Deó foi entrevistado no programa Revista Independente, da IND FM, e conversou abertamente sobre todos os temas relacionados a atual administração e ao pleito vindouro.
Deó começou afirmando que espera do prefeito Jurandi um pronunciamento público sobre as últimas denúncias de rombo na Prefeitura de Taperoá, pois entregou uma das prefeituras mais equilibradas do Cariri Paraibano. O ex-prefeito disse que estuda a possibilidade de acionar a Justiça para que provem o ‘rombo’ de R$ 5 milhões que alguns afirmaram que ele teria entregue ao atual prefeito Jurandi.
Sobre sua afinidade com o atual prefeito, Deoclécio confirmou que há de fato um desalinhamento, mas atribuiu a diferença entre ambos. “Desde que entreguei a Prefeitura, procurei até ficar mais em João Pessoa e deixar que o prefeito Jurandi tivesse liberdade para trabalhar como achasse mais conveniente. Desejei e desejo que ele faça uma gestão melhor do que a minha, mas não esperava ver reclamações como vejo hoje em dia de falta de remédios, ambulância e outras necessidades básicas de uma gestão”, alfinetou.
Dr. Deó disse que não vota em Ricardo por motivos óbvios e que Jurandi desde o princípio sempre soube. “Fui filiado ao PSB e entrei no partido muito antes que Ricardo e todos sabem que na minha saída, juntamente a várias outras lideranças estaduais, tivemos divergências tácitas e não teria a mínima condição de votar nele nestas eleições. Todos sabem também que Ricardo é aliado de nossa maior adversária em Taperoá. Então não foi eu quem mudei de lado, o prefeito mudou primeiro e ele tem os motivos dele”, ressaltou Deó.
Perguntado ao final pelo jornalista Klebson Wanderley se Deó pensava e desejava ser candidato em 2016, ele disse que não estava em seus planos e que deixou a Prefeitura com a convicção de que já havia dado toda sua contribuição. Entretanto, parafraseou Rui Barbosa e disse que ‘forte era o povo’ e não poderia descartar uma possibilidade futura que só o povo tem o poder de decidir. A possibilidade de sua candidatura em 2016, portanto, permaneceu viva e real ao final da sabatina.
De Olho no Cariri