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Quem trafega pela BR 230 e passa por alguns postos da Polícia Rodoviária Federal com certeza já observou uma quantidade considerável de veículos amontoados e a céu aberto, formando verdadeiros cemitérios de automóveis entre as belas paisagens rurais que cercam as rodovias federais da Paraíba.
Os pátios desses postos abrigam quase mil veículos que foram aprendidos pela corporação em operações de fiscalização e de combate a irregularidades no trânsito das chamadas BRs paraibanas. No caso dos veículos acidentados, os proprietários são notificados, e muitas vezes, não vêm resgatá-los.
De acordo com a PRF, pátios de quatro dos onze postos chamados de unidades operacionais, e ainda na sede da 14ª Superintendência Regional da PRF-PB localizada no Bairro do Cristo Redentor, na Zona Oeste da Capital, abrigam os veículos.
Esses cemitérios de automóveis além de poluírem o meio ambiente, repassam a ideia de desperdício e descaso com bens que poderiam ter uma utilidade social. A maioria dos veículos, entre eles, carros e motocicletas, é recolhida aos pátios da PRF após remoções previstas em lei e ainda por possuírem restrições administrativas ou judiciais. Veículos envolvidos em acidentes de trânsito também vão parar nos depósitos da PRF.
Leilão
O destinamento dado a esses veículos, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária são os leilões. Dos quase mil veículos existentes hoje nos pátios da PRF, 585, que representa mais da metade, serão destinados a um leilão que acontece no próximo dia 5 de junho.
A PRF informou que o leilão será dividido em dois momentos. No primeiro deles, são 391 veículos que ainda apresentam condições de uso. Num segundo momento, serão oferecidos 194 deles, já em estado de sucata ferrosa.
Quanto aos demais veículos, a PRF informou que eles estão impossibilitados de serem leiloados porque possuem restrições administrativas ou judiciais e somente após a retirada destas restrições é que eles poderão ser liberados para leilão.
Legislação atrasaria desocupação dos pátios
A PRF explicou que entre as razões para que os pátios permaneçam amontoados e se transformem num retrato incômodo para quem trafega próximo às unidades de polícia federal está a demora quando se trata da destinação. A lentidão acontece, conforme o órgão, porque todo ato administrativo que é feito referente ao destino que será dado às peças é vinculado à legislação em vigor.
Existe toda uma legislação federal contida no Código de Trânsito Brasileiro que deve ser seguida nos casos da destinação de veículos apreendidos, removidos ou retidos. Por conta de todo esse trâmite legal e administrativo, alguns veículos podem demorar mais de ano para ser encaminhado para leilão.
Quanto à venda dos veículos através de leilão, a PRF informou que geralmente todas as peças colocadas para aquisição são vendidas.
Meio Ambiente
No caso da poluição visual e nos prejuízos causados ao meio ambiente, a PRF informou que tem feito trabalho incansável na busca de soluções para ‘esvaziar’ seus pátios com o objetivo da preservação ambiental e da saúde pública.
O órgão alerta os proprietários desses veículos para o fato deles também serem responsáveis pela preservação da natureza e principalmente de serem responsáveis por aquele bem, independente dele estar sob a tutela temporária do poder público.
Na opinião da PRF, a população no entanto precisa se conscientizar de que o desenrolar do processo de destinação dos veículos, sem a participação dos proprietários dos veículos que na sua maioria age de forma omissa ao abandoná-los, deixa todo o processo mais difícil e lento.
VITRINE DO CARIRI
PC