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Chile sofre, mas vence Austrália com gol de Valdivia e força da torcida

by Redação
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Santiago, capital chilena, e Cuiabá, palco do duelo entre Chile e Austrália, pela Grupo B da Copa do Mundo, ficam distantes 2470 km. Na noite desta sexta-feira, não pareceu. A Arena Pantanal foi tomada pela torcida da seleção sul-americana, que aproveitou o apoio e estreou no Mundial com triunfo: 3 a 1. A festa dos torcedores foi fundamental para o começo de jogo espetacular do Chile, que marcou dois dos gols da vitória em 13 minutos de jogo. Assim, termina a primeira rodada em 2° na chave, atrás da Holanda, que goleou a Espanha por 5 a 1.

Mas foi difícil. Alexis Sanches e Valdivia marcaram logo no começo e fizeram com que muitos pensassem que uma nova goleada surgiria no dia, e que a Austrália realmente era candidata ao cargo de saco de pancadas da Copa. Mas isso mudou no minuto seguinte ao gol. A Austrália mostrou futebol eficiente, principalmente nas jogadas pelas pontas. Mas faltou qualidade na finalização. De qualquer maneira, escapou de goleada e da lanterna do grupo, que fica com a atual campeã do mundo após uma rodada.

As fases do jogo: Foram duas, uma que durou 13 minutos, e outra pelo resto do jogo. Na primeira, apressão chilena, toque de bola bonito, qualidade nas finalizações. Dois gols, placar aparentemente resolvido, goleada iminente. Na segunda, a Austrália mostrou futebol.

E mostrou ao mundo, e principalmente a Holanda e Espanha, que para ganhar do Chile o caminho é a bola aérea. Toda bola na área chilena era desesperadora para a dupla de zaga formada por Jara e Medel. Claudio Bravo, o goleiro, foi o herói da defesa chilena. Se Espanha e Holanda querem vencer, apostar em cruzamentos para Diego Costa e Van Persie é uma ótima dica.

O melhor: Cahill – Sim, o Chile venceu o jogo. Mas por causa de duas jogadas isoladas – no 1° gol, com Aránguiz e Sanchez; no 2°, com Sanchez e Valdivia – além do gol já nos acréscimos. No jogo coletivo, a Austrália mostrou mais futebol – ou, ao menos, mais vontade – que os chilenos, ‘só’ faltou a bola entrar. E foi Cahill que teve as melhores oportunidades, ganhando de cabeça todos os cruzamentos lançados sobre a área do Chile. Claudio Bravo, goleiro chileno, merece destaque por salvar sua seleção.

O pior: Mena – Todas as chances de empate da Austrália – e o gol – surgiram nas costas do lateral esquerdo do Chile. Leckie, australiano, percebeu a ‘avenida’ que o jogador do Santos abriu naquela região e abusou dos cruzamentos para a área. Cahill aproveitou uma cabeçada, mas Bresciano pecou no chutes, além de parar nas mãos do goleiro Bravo.

A chave do jogo: Para sorte do Chile, o time conseguiu abrir 2 a 0 em 13 minutos de jogo. Porque foi exatamente por esse período que o time foi melhor que a Austrália no gramado da Arena Pantanal. Conseguir marcar rápido acabou sendo o fator decisivo, já que fez a Austrália se abrir e não mais jogar retrancada – chave para o triunfo chileno e para a emoção do jogo.

Toques do técnicos: Ange Postecoglou, técnico da Austrália, percebeu que Leckie, pela ponta direita, e Cahill, no meio da área, eram o caminho para a Austrália. Deu certo e o gol do time surgiu assim. Mas a agitação de Jorge Sampaoli, técnico do Chile, deu mais certo ainda, já que toda sua inquietação e gritos na beira do gramado fizeram com que o Chile entrasse com muita vontade e resolvesse o placar rápido.

Para lembrar: 

A torcida do Chile foi maioria na Arena Pantanal e protagonizou belo espetáculo. Logo na hora dos hinos nacionais, os chilenos se uniram aos jogadores e cantaram à capela após a Fifa cortar parte da música. Depois, cantos de “ole, ole, Chile, Chile”, Chi chi chi, le le le, Viva Chile!” e, já aos 17 minutos, gritos de “olé”, já que o time já vencia por 2 a 0. Além disso, festa: na entrada dos jogadores, rolos de papel higiênico foram jogado no gramado, como é tradicional nos estádios pela América do Sul.
O futebol brasileiro foi mais representado pelo Chile do que pela própria seleção do país. Enquanto o Brasil bateu a Croácia apenas com Fred de jogador que atua no futebol local, o Chile escalou três contra a Austrália: Valdivia, do Palmeiras, Aránguiz, do Internacional, e Mena, do Santos.
O trio de arbitragem, formado por juízes da Costa do Marfim e do Burundi, foi o 1° na Copa a não comprometer um resultado por marcação controversa. Inclusive, acertou difícil impedimento em gol marcado por Cahill na segunda etapa, que daria o empate à Austrália. Além disso, anotaram corretamente que a bola não entrou em toque de Vargas salvo em cima da linha por Wilkinson.

CHILE 3 X 1 AUSTRÁLIA

Data: 13 de junho de 2014
Horário: 19h00 (de Brasília)
Local: Arena Pantanal, em Cuiabá (MT)
Árbitro: Noumandiez Doue (CDM)
Assistentes: Songuifolo Yeo (CDM) e Jean Claude Birumushahu (BDI)
Cartões amarelos: Cahill, aos 42 min. do 1°t, Jedinak, aos 12 min., Milligan, aos 23 min do 2°t (Austrália); Aránguiz, aos 40 min. do 2°t (Chile)
Gols: Alexis Sanchéz, aos 11 min., Valdivia, aos 13 min. do 1°t, e Beausejour, aos 47 min. do 2°t (Chile); Cahill, aos 35 min. do 1°t (Austrália)

CHILE: Bravo; Isla, Medel, Jara e Mena; Diaz, Vidal (Gutiérrez, aos 14 min. do 2°t), Aránguiz e Valdívia (Beausejour, 23 min. do 2°t); Vargas (Pinilla, aos 41 min do 2°t) e Sanchez
Técnico: Jorge Sampaoli

AUSTRÁLIA: Ryan; Franjic (McGowan, aos 4 min. do 2°t), Davidson, Jedinak (Halloran, aos 23 min. do 2°t) e Milligan; Spiranovic, Leckie, Oar e Cahill; Wilkinson e Bresciano (Troisi, aos 31 min. do 2°t)
Técnico: Ange Postecoglou

UOL

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