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Já são decorridos 20 dias da realização das convenções partidárias que definiram as candidaturas para o pleito político deste ano e, pelo calendário eleitoral, há 15 dias os candidatos registrados já poderiam ter iniciado a propaganda política.
Vivendo uma realidade muito diferente dos tempos de outrora, nota-se uma política aguada, morna, desmotivada e silenciosa. Se o cidadão percorrer os quatro cantos da Paraíba, hoje, perceberá o esfriamento do eleitor, nem parece que a Paraíba vive um período eleitoral.
Alguns comentários apontam que haverá poucos comícios e carreatas, para evitar gastos de campanha, embora devamos ser conscientes que nos comícios são debatidas as propostas para cada comunidade, lugarejos mais distantes, os candidatos precisam ir de encontro ao povo, discutir problemas e buscar soluções, dar esperança e assumir compromissos.
Na verdade, a Paraíba vivencia atualmente mais uma guerra jurídico-eleitoral do que propriamente uma batalha político-partidária.
A classe política, neste começo de campanha, está direcionando suas atenções prioritariamente nos pedidos de impugnação e na derrubada de alianças, deixando em segundo plano o início de um debate amplo sobre o que já melhorou e o que pode melhorar ainda mais no Estado e quais são as principais propostas de cada candidato para o desenvolvimento da Paraíba.
Pela movimentação dos comandantes, tudo indica que a situação de espera para o inicio de um combate mais efetivo ainda poderá demorar alguns dias. Talvez os chefes guerreiros estejam montando suas estratégias com base nas orientações do general chinês Sun Tzu, que, a mais de 2.000 anos, escreveu A Arte da Guerra.
O estrategista ensina que, antes de começar a guerrear o combatente precisa conhecer bem o inimigo e montar munição suficiente para derrotá-lo.
A situação atual não é interessante para o cidadão comum, eleitor, que precisa saber o que cada interessado no poder poderá fazer para melhoria na sua qualidade de vida.
Que o fogo dos debates, os panfletos, os carros de som, os comícios, as caminhadas, comecem logo para que o povo paraibano conheça melhor e mais de perto as idéias dos que querem o seu voto.
Na heróica Paraíba do NÉGO de João Pessoa e da Guerra de Princesa, os embates políticos sempre foram acalorados.
Em 2014, por enquanto, a campanha gelada ainda não motiva o eleitorado paraibano.
Por Simorion Matos