22
A Vigilância Ambiental de Patos intensificou o recolhimento de pneus de veículos abandonados em terrenos baldios para buscar diminuir os focos do mosquito da dengue naquele município. Até o final do primeiro semestre deste ano, o índice de infestação predial de residências com focos do mosquito foi de 6,1%. Após a ampliação do trabalho que começou no último mês de maio, as equipes recolherem mais de 1.300 pneus velhos que estavam servindo como pontos críticos de proliferação do mosquito em todo o município.
O recolhimento dos pneus já deu resultado positivo no município, o Levantamento de Índice Rápido (LIRA) do município mostra que reduziu de 6,1% para 4,1% de infestação, mas o número ainda coloca a cidade em situação de risco pelo alto índice de infestação. De acordo com a coordenação da Vigilância Sanitária de Patos, os bairros do Jatobá e Santo Antônio são os que mais apresentaram focos do mosquito e a maior parte dos pneus abandonados foram recolhidos em terrenos abertos dessas localidades.
Segundo Gorete Batista, coordenadora da Vigilância Ambiental, o mal hábito das pessoas em descartar esse tipo de produto prejudica o controle endêmico no município que apresenta índices ainda longe do ideal. Ela ainda apontou que o trabalho dos agentes comunitários de saúde também tem sido prejudicado, uma vez que em algumas residências os proprietários dificultam a entrada desses profissionais para averiguar e combater possíveis focos da doença.
“A população tem que receber bem o agente. Se ele visita um quarteirão, mas apenas uma casa não o deixa entrar, o trabalho inteiro fica comprometido. Sobre os pneus, nós temos nos esforçado e recebido pelo menos uma ligação por dia de pessoas denunciando a existência desses itens em terrenos baldios. Até agora foram mais de 360 denúncias que atendemos. Tentamos conscientizar as pessoas, mas é um trabalho que precisa ter a cooperação da população”, disse Gorete Batista.
Sobre a fiscalização nessas áreas onde os pneus velhos são despejados, a coordenadora da Vigilância Sanitária de Patos disse que não tem como impedir que as pessoas joguem lixo nos terrenos. Ela apontou que os agentes de saúde também trabalham na conscientização das pessoas, mas que não há condições de impedir o abandono dos pneus nem criar qualquer tipo de multa que impeça as pessoas de realizar essa prática.
Givaldo Cavalcanti