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Mais de dois anos e meio após o crime hediondo cometido na cidade de Queimadas, Eduardo dos Santos Pereira, principal acusado do “Caso queimadas”, foi condenado a 107 anos de prisão, apontado como mentor dos estupros e assassinatos de duas jovens, durante uma festa de aniversário. Eduardo, parentes e amigos simularam um assalto e, encapuzados, abusaram sexualmente das jovens. Reconhecidos, assassinaram as duas.
O julgamento, que começou ontem à tarde, durou 19 horas, no Fórum Criminal da Capital. O Conselho de Sentença composto por quatro homens e três mulheres se reuniu por volta das 5h20 desta sexta-feira (26) e saiu da sala cerca de três horas depois. O Juiz Antônio Maroja Limeira Filho leu a sentença que apontou o réu como culpado.
Caso Queimadas
O caso ocorreu em 12 de fevereiro de 2012, resultou nas mortes de duas vítimas, a professora Isabela Pajuçara Frazão Monteiro, de 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingues da Silva, de 29 anos, que foram assassinadas por terem reconhecido os agressores. O caso ganhou repercussão nacional.
O caso do estupro coletivo (0000322-76.2012.815.0981) foi desaforado da comarca de Queimadas, após solicitação do Ministério Público e da defesa do acusado, acatado em decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, que entendeu, por unanimidade, que essa determinação permitirá uma decisão imparcial por parte do Júri.
Na época, o juiz da 1ª Vara mista da comarca de Queimadas, Antônio Gonçalves Ribeiro, declarou que o desaforamento foi uma decisão justa, por se tratar de um caso muito “clamoroso”, que tinha animosidade da população, com vítimas que eram da cidade.
MaisPB