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A blitz do Cruzeiro nos primeiros minutos de seus jogos no Mineirão novamente deu resultado. Com um gol marcado pelo atacante Willian aos 10 da etapa inicial, aproveitando uma rebatida frustrada de David Braz, a Raposa saiu na frente do Santos nas semifinais da Copa do Brasil com uma vitória por 1 a 0. Assim, o time do técnico Marcelo Oliveira leva importante vantagem para o jogo de volta, que será na próxima quarta-feira, às 22h, na Vila Belmiro.
Em campo, o Santos parece ter demorado a entender a importância da partida, e só conseguiu segurar o ímpeto do Cruzeiro por dez minutos antes de Willian balançar as redes de Aranha. A pressão que a Raposa já se habituou a fazer no Mineirão foi repetida no início da semifinal da Copa do Brasil: torcida incendiando nas arquibancadas, marcação pesada na saída de bola e muita movimentação e troca de posição entre os homens da frente. Foi vapt-vupt: Willian abriu espaço pela direita, David Braz rebateu muito mal e a sobra ficou nos pés do próprio camisa 25, que concluiu como se o fizesse com a mão. Chapado, sem defesa: 1 a 0.
O gol de graça sofrido por um Santos sem energia animou só Lucas Lima a aparecer. Mas como animou! O único homem consciente do meio de campo do Santos quebrou jogadas do Cruzeiro com auxílio na marcação, se mexeu muito no setor para dar opção de passe e criatividade e buscou o ataque. Um faz tudo acompanhado de ninguém, já que Robinho e Gabriel pouco apareceram no primeiro tempo. Assim, o Peixe depositava suas fichas nas jogadas pela direita puxadas por Cicinho e seguidas por Rildo. A tática passou longe de dar certo.
Como também já é hábito, o Cruzeiro diminuiu o ritmo inicial e tratou de segurar o adversário, que encontrou poucos espaços para fazer volume, mas pelo menos tranquilizou e passou menos sufoco. Diante de um oponente rápido e letal, a receita colocou o Peixe em uma espécie de zona de conforto até o fim do primeiro tempo. Mas Enderson Moreira sabia que o Santos tinha necessidade de se soltar, criar mais e parar de dar chutão para frente. Assim foi feito.
Em dez minutos, o Santos criou duas chances que não havia nem se aproximado de criar na etapa inicial. Na primeira, Lucas Lima desperdiçou bom cruzamento de Gabriel, que recuperou uma jogada praticamente perdida. Na outra, Lucas Lima acionou Rildo em velocidade e o cruzamento na área por pouco não encontrou Robinho livre. Competência de Dedé, que afastou com autoridade. Entre os dois lances de intensidade, porém, o Cruzeiro teve um gol mal anulado no Mineirão.
Júlio Baptista recebeu de Willian em velocidade e bateu para defesa de Aranha. No rebote, Ricardo Goulart balançou a rede santista com total liberdade. Mas já não valia nada: a arbitragem marcou impedimento na primeira parte da jogada. Impedimento que não havia, pois Edu Dracena dava condição.
Mas independentemente deste lance, o Santos já era outro no Mineirão. Mais intenso, mais combativo, mais interessado. Alison teve boa chance da entrada da área, mas falhou. Serginho, Jorge Eduardo e Leandro Damião, acionados nas vagas dos três atacantes titulares, mantiveram o volume. E mesmo superior no segundo tempo, o Santos sucumbiu no Mineirão.
Agora, vitória santista por 1 a 0 na Vila leva a decisão aos pênaltis. Se o Cruzeiro marcar, o Peixe precisará triunfar por dois gols de diferença. Qualquer empate dá vaga à Raposa. Antes da decisão, as equipes entrarão em campo pelo Campeonato Brasileiro, no próximo fim de semana. O Cruzeiro receberá o Botafogo, no domingo, às 17h, no Mineirão. No mesmo dia e horário, o Santos terá pela frente o Internacional, na Vila Belmiro.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 x 0 SANTOS
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data/Hora: 29/10/2014 – 22 horas (horário de Brasília-DF)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ – Fifa)
Assistentes: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Rodrigo F. Henrique Correa (RJ)
Público/Renda: 25.714 pagantes/R$ 1.029.363,00
Cartão amarelo: Mena e Edu Dracena (SAN)
GOL: Willian, aos 10’/1°T.
CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Silva, Everton Ribeiro (Marlone, aos 32’/2°T) e Ricardo Goulart; William (Dagoberto, aos 19’/2°T) e Júlio Baptista (Marcelo Moreno, aos 28’/2°T). Ténico: Marcelo Oliveira.
SANTOS: Aranha; Cicinho, Edu Dracena, David Braz e Mena; Alison, Arouca e Lucas Lima; Rildo (Jorge Eduardo, aos 31’/2°T), Robinho (Leandro Damião, aos 36’/2°T) e Gabriel (Serginho, aos 20’/2°T). Técnico: Enderson Moreira.
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