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“Não é a primeira vez que fico aguardando do lado de fora, com as portas da câmara fechada. Isso é um absurdo, chegar aqui no horário da sessão e deparar-me com esta situação”, observou o vereador petista Renan Mamede.
Na sexta-feira, dia 14 não houve a sessão ordinária. Ficou acordado entre os parlamentares que devido à antecipação da feira livre do sábado para a sexta-feira, não haveria sessão, mas na segunda-feira, 17, seria realizada uma sessão extraordinária (que também não houve) para que a Comissão Processante pudesse receber a defesa do vereador Carlo Kléber (DEM) e assim prosseguir com a tramitação do processo que julga o vereador por falta de Decoro Parlamentar, conforme relatório do Ministério Público, sobre o uso de prédio público por funcionário de sua pedreira.
A indignação do vereador Renan Mamede se deu porque não foi informado oficialmente da não realização da sessão e que segundo informações do colega Josenildo Gonçalves, o motivo da não realização desta sessão extraordinária foi por causa da não apresentação da defesa do vereador Carlo Kléber: “Ora, o vereador está respondendo um processo e ele é quem determina os trâmites da comissão. É ridículo o que está acontecendo em Serra Branca no âmbito político, tanto no executivo, quanto no legislativo. Eu atribuo isso as impunidades que acontece com o executivo. Esta certeza da impunidade está contaminando também o legislativo. É vergonhoso, tramita um processo nos moldes da Lei, da justiça comum e temos que cumprir os prazos, o vereador não apresentou a sua defesa e por isso se deixa de realizar a sessão? Isso é uma vergonha. Fica aqui a minha indignação”.
Ainda segundo o vereador Renan Mamede, o tramite do processo está no caminho inverso, ou seja, o processado está ditando as regras da comissão, quando deixa-se de acontecer uma sessão para não prejudicar o processado visto que este não apresentou sua defesa: “quando é que iremos finalizar os trabalhos desta comissão? Quando o vereador Carlos Kléber quiser apresentar sua defesa? A comissão está deixando de exercer o seu trabalho porque está em função do vereador que ora está sendo processado, o que não pode acontecer”.
“Na última sessão, ocorrida no dia 07, deixou-se de votar o relatório do vereador Diógenes Sales por falha no processo, justamente a não observância da defesa, e agora se deixa de realizar uma sessão, convocada especificamente para tal, que não acontece porque não foi apresentada novamente a defesa”, finalizou o parlamentar, lamentando o fato e observando que a responsabilidade da pauta é da presidência da Casa.
Com No Meu Cariri