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Maracanã, discussão política, Engenhão, briga de torcida… O pré-jogo do clássico entre Fluminense e Vasco deu o tom do que viria pela frente. Começou com a transferência da partida para o Engenhão, uma vez que as diretorias dos clubes não chegaram a um denominador em comum a respeito dos lados que suas torcidas ocupariam no Maracanã – Flu tem contrato com o consórcio pelo lado direito, e o Vasco alega que o tem adquirido pela conquista do Carioca de 1950. Depois, ficou marcada pela briga de organizadas numa estação de trem horas antes do começo da partida. Mais de 120 pessoas foram detidas.
Nas arquibancadas, 8.658 torcedores (7.338 pagantes, para uma renda de R$ 260.475). O público não foi dos melhores, mesmo que a carga colocada à disposição tenha sido de 17 mil ingressos. Mas em campo sobrou emoção: foram bolas na trave, chutes potentes e um pênalti não marcado – no primeiro tempo.
O Vasco foi amplamente superior. O que foi refletido no resultado. O time de Doriva venceu por 1 a 0, novamente em lance de pênalti, desta vez, marcado e convertido por Luan. Com o resultado, subiu para a terceira colocação, com 14 pontos. O Fluminense, por sua vez, com 12, caiu para quinto lugar e fica fora do G-4.
Na próxima rodada, o Vasco encara o Bangu em São Januário. O jogo será no sábado, às 16h (de Brasília). O Fluminense, por sua vez, viaja a Volta Redonda, onde enfrenta o Resende, no domingo, às 18h30, no Raulino de Oliveira.
Jogo truncado, bolas na trave, pênalti não marcado e pênalti convertido
Como é padrão em boa parte dos clássicos, as equipes começaram o duelo se estudando. Poucas eram as jogadas de iniciativa ao ataque. O duelo foi duro, com muita marcação. Guiñazu era um dos mais participativos no fundamento, o que lhe rendeu um cartão amarelo logo aos 22 minutos – fica fora contra o Bangu, na próxima rodada. O Vasco, aliás, foi mais incisivo durante todo o período. Gilberto, que fez sua estreia, foi um dos melhores em campo. Mostrou disposição, com cabeçadas e chutes. No fim, foi derrubado por Diego Cavalieri na área. Ficou reclamando de pênalti, mas o árbitro interpretou como simulação e o amarelou.
A partida voltou ainda mais quente no segundo tempo. Tornou-se truncada, com muitas faltas marcadas e erros de passes. Por outro lado, teve também mais chances de perigo. Para o Vasco… Logo no começo, aos seis minutos, Rodrigo mandou uma bola no travessão em cobrança de falta. Aos 16, foi a vez de Julio dos Santos, com uma cabeçada.
O Tricolor pouco conseguiu fazer. Nem a mudança na defesa, com a entrada de Victor Oliveira no lugar de João Filipe, surtiu efeito. Foi ele quem derrubou Luan na área, aos 34 minutos. Pênalti assinalado e convertido pelo próprio, garantindo a vitória vascaína. Teve tempo ainda para Rafinha ser expulso, representando a atuação pífia do Tricolor no clássico.
Antes de a bola rolar, torcidas organizadas de Fluminense e Vasco brigaram na estação de trem do Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro, local historicamente conhecido pelos encontros violentos entre as duas organizadas. A Polícia Militar agiu e deteve mais de 120 torcedores. O grupo foi levado em três ônibus para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Globo Esporte