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Após lograrem êxito nas eleições estaduais de 2014 na Paraíba, deputados estaduais, tanto novatos, quanto veteranos, já começam “a mexer os pauzinhos” e movimentar as bases políticas para avaliar a possibilidade de disputar as principais prefeituras do Estado, agora nas eleições municipais de 2016.
Caso vençam, os recém eleitos parlamentares, que mal iniciaram o primeiro mandato, terão um novo desafio a partir de 2017, agora em outro mandato, porém, se saírem derrotados, os parlamentares não sofrerão tantas perdas, já que continuarão exercendo seus mandatos na Assembléia Legislativa da Paraíba, este até janeiro de 2019.
No páreo, quem já se coloca como opção são os tucanos o deputado estadual Bruno Cunha Lima (PSDB), que colocou o nome à disposição para disputar a prefeitura de Campina Grande em 2016, e Dinaldinho Filho, que luta contra o assédio para disputar a prefeitura de Patos, no Sertão da Paraíba. Ambos deputados novatos no parlamento estadual.
Ainda correm por fora os deputados Trócolli Junior (PMDB) e Ricardo Barbosa (PSB), que não escondem a paquera com o cargo de prefeito do município de Cabedelo, que tem o 3º maior PIB da Paraíba.
“Já conversei com o governador Ricardo Coutinho e disse a ele que se for do interesse de nosso grupo poítico, eu gostaria de disputar. Ele ficou de avaliar, mas ainda é muito cedo. Também quero dizer que não é questão de vida ou morte. É um projeto, mas pode ser modificado. Muitos deputados da bancada se solidarizaram e disseram que foram votados lá”, declarou o socialista Ricardo Barbosa.
Bastidores também davam conta que a deputada estadual novata Estela Bezerra (PSB) disputaria a prefeitura de João Pessoa em 2016, mas ela evitou antecipar o debate e descartou, neste momento, a possibilidade. PT e PSB, atualmente, são aliados políticos, e devem caminhar juntos também no próximo pleito.
Da Câmara Federal, até agora, nenhum parlamentar paraibano admitiu a possibilidade de disputar um mandato em 2016. Veneziano Vital era o mais indagado sobre a possibilidade de voltar a concorrer à prefeitura de Campina Grande, no entanto, logo que assumiu, ele descartou a possibilidade.
“Eu não tenho pretensão de ser candidato. A minha pretensão única é a de fazer um mandato que começou no dia 1º de fevereiro e que esteja na expectativa do eleitor paraibano, principalmente daqueles campinenses que em número bastante significativo esperam que o nosso trabalho desenvolvido na Câmara dos Deputados seja um trabalho profícuo e que corresponda as esperanças e as expectativas geradas”, disse.
Ele revelou que vem mantendo conversas com a direção do PSB de Campina Grande discutindo as alianças para as próximas eleições, mas sem a definição de nomes
Por enquanto os parlamentares evitam antecipar o debate eleitoral, mas nos bastidores começam a amarrar apoios que podem mexer outra vez no tabuleiro político da Paraíba.