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O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, disse nesta quarta-feira (29) que as obras do Ministério dos Transportes estão suspensas no país e não têm previsão de serem retomadas. A declaração foi feita audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.
Ele disse que a decisão ocorre por conta dos ajustes fiscais adotados pelo governo federal e pelos problemas com as empresas investigadas na operação Lava Jato da Polícia Federal.
Em audiência pública na Câmara Federal nesta quarta, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também foi rigoroso sobre o arrocho na economia e disse que os cortes das despesas são feitos “na carne”, com o objetivo de retomar o crescimento do Brasil.
Segundo a Agência Brasil, ele afirmou que o desequilíbrio nas contas públicas “é igual fazer um castelo na praia: se houver uma onda, vem e destrói tudo”. Apesar disso, Levy explicou que o ajuste econômico e fiscal não irá atrapalhar o crescimento da economia do Brasil, acrescentou Levy. Ele disse que as medidas adotadas orientarão a economia para um rumo melhor.
Diante desse quadro, o governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT) disseram nesta quarta que estão preocupados com a situação.
Durante visita às obras do Centro de Convenções da Capital, Ricardo disse que está perdendo o sono com a possibilidade do governo cortar repasse financeiro de obras, mas acredita no compromisso firmado com a presidente Dilma Rousseff (PT) que o garantiu sobre a continuidade das construções que começaram antes dos ajustes econômicos.
Na entrega de R$ 1,153 milhão em contratos do Banco Cidadão a 275 empreendedores na Capital, o prefeito Luciano Cartaxo falou que o governo já não repassa verbas desde o começo deste ano.
Ele informou que aguarda um repasse de cerca de R$ 80 milhões em maio e não entende porque os recursos estejam prejudicados, já que foi acordado em dezembro de 2014 que o governo federal iria manter as obras que estão em andamento.
De acordo com a Agência Brasil, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse nesta quarta (29) que o superávit primário do Governo Central em março ficou aquém do pretendido, mas é importante porque mostra uma reversão de tendência. No mês passado, houve superávit de R$ 1,463 bilhão. Em fevereiro, houve déficit de R$ 7,4 bilhões. O primeiro trimestre de 2015 registra superávit acumulado de R$ 4,48 bilhões.
Ele confirmou que houve redução de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os gastos com o programa somaram R$ 2,961 bilhões no mês passado, crescendo 8,5% em relação a fevereiro deste ano, mas recuando 32,5% na comparação com igual mês de 2014.