A ex-primeira-dama do Estado, a jornalista Pâmela Bório, foi conduzida no final da tarde desta segunda-feira (8) para a Delegacia de Crimes Contra a Pessoa, anexa à Central de Polícia, no Varadouro, em João Pessoa. Segundo nota distribuída pela Delegacia Geral de Polícia Civil, “o motivo da condução coercitiva foi para que ela prestasse esclarecimentos à polícia sobre as denúncias que pesam contra a mesma”.
A Polícia Civil ainda informou que a ex-primeira-dama, mesmo intimada, deixou de comparecer a outras duas audiências na Delegacia de Crimes Contra a Pessoa. “Por ter deixado de comparecer a duas intimações anteriores, foi adotado o procedimento padrão da Polícia Civil, que é a condução à delegacia. A senhora Pâmela Bório também deverá responder a processo judicial por desobediência”, diz trecho da nota.
O depoimento da jornalista durou pouco mais de uma hora. Ela chegou à delegacia acompanhada de um advogado e, em contato com a imprensa, alegou que sofreu abuso de poder e de autoridade por ter sido levada coercitivamente até a Central de Polícia.
Confira a nota divulgada pela Polícia Civil:
Nota
A Polícia Civil da Paraíba informa que a senhora Pâmela Mônique Cardoso Bório foi conduzida no final da tarde desta segunda-feira (8) para a Delegacia de Crimes Contra a Pessoa, porque deixou de comparecer a duas intimações da referida delegacia.
O motivo da condução coercitiva foi para que prestasse esclarecimentos à polícia sobre as denúncias que pesam contra a mesma.
Por ter deixado de comparecer a duas intimações anteriores, foi adotado o procedimento padrão da Polícia Civil, que é a condução à delegacia. A senhora Pâmela Bório também deverá responder a processo judicial por desobediência.
A Polícia Civil da Paraíba esclarece ainda que segue o padrão de tratamento igualitário dado a todos cidadãos em território paraibano.
A Polícia Civil da Paraíba preza pelo respeito e garantia dos direitos dos cidadãos e não abrirá mão das atribuições que a lei lhe confere.
Ex-primeira-dama explica caso nas redes sociais
“Eu estava a caminho da escola de meu filho com uma babá substituta, motorista e um segurança quando fomos interceptados por uma caminhonete na Polícia Civil que estava parada na esquina da rua da minha residência desde o momento em que saí do apartamento para uma reunião com o meu chefe. Voltei da reunião, adentrei o prédio pela portaria, tranquilamente, em via pública, e a caminhonete da PC permanecia lá. Quando deu 17h15, saí novamente do prédio, pelo mesmo local, para buscar meu filho na escola, como de costume. Na metade da rua da barreira do Cabo Branco fomos parados por 4 integrantes da Polícia Civil me obrigando a segui-los até a delegacia de homicídios, como se eu fosse uma criminosa. Liguei para a escola a fim de avisar sobre o possível e inesperado atraso na busca da criança e, do mesmo modo, para o meu advogado, o criminalista Marco Camello, que tinha me falado que eu só daria esclarecimento sobre o suposto caso de ‘ofensa física’ na terça-feira (9). Por isso, tanto eu quanto meu advogado fomos surpreendidos por essa manobra, tendo em vista que o acordo do meu comparecimento na terça foi feito para que eu pudesse me reestabelecer do choque”, disse.
Ela concluiu dizendo que está sofrendo “mais um abuso de poder” pois, segundo a mesma, não está respondendo por tentativa de homicídio, não há indiciamento e foi prestar esclarecimento como “vítima da situação”.