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O deputado federal paraibano Hugo Motta, que disputa a liderança do PMDB na Câmara Federal com o carioca Leonardo Picciani, reagiu às investidas do Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff pode exonerar temporariamente o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para que ele vote na recondução de Picciani.
Hugo Motta ampliou sua articulação e vem se reunindo com os senadores do PMDB, para pedir apoio na eleição. Antes do carnaval, já tinha se encontrado com seis senadores, além do próprio presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Motta vem reafirmando que sua candidatura representa a unidade do partido. Começou a lição pelo dever de casa, conversando com José Maranhão e Raimundo Lira. Também se encontrou com Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Roberto Requião (PR).Os senadores têm influência sobre as bancadas federais dos seus estados.
O grupo que defende o nome de Hugo Motta para a liderança do PMDB na Câmara também reagiu. Apontado como um dos articuladores da candidatura de Motta, o deputado Lúcio Vieira Lima (BA) atacou a ideia da exoneração temporária do ministro da Saúde. Marcelo de Castro seria exonerado no dia 16, votaria como deputado federal no dia 17 na Câmara, e retornaria no dia seguinte ao Ministério, nomeado novamente por Dilma.
Para Vieira Lima, essa estratégia mostra que a presidente não tem “responsabilidade nenhuma com a Saúde do país”.