Um carioca de 47 anos foi preso na manhã desta terça-feira (5) suspeito de desviar mais de R$ 2 milhões de um hotel de luxo no Litoral Sul da Paraíba. De acordo com o delegado Luiz Eduardo Montenegro, responsável pela investigação, o golpe acontecia desde 2011, quando o suspeito atuava como gerente financeiro do hotel.
O delegado explica que o suspeito solicitava notas fiscais a fornecedores do hotel e as apresentava para justificar despesas que não existiram. Os desvios aconteceram até 2015, quando o suspeito saiu do cargo.
O delegado Luiz Eduardo Montenegro explicou que a prisão foi feita após um levantamento nos gastos da empresa. Ele detalhou ainda que o inquérito deve ser concluído em breve e remetido a justiça. “Efetuamos essa prisão, que é uma prisão temporária. Iremos dar conclusão a esse inquérito e remeter a justiça da comarca de Alhandra”, comentou. Ainda segundo Luiz Eduardo, mais outros dois suspeitos estão envolvidos nas fraudes.
“Temos mais duas pessoas envolvidas, que devem responder pelos crimes praticados. Inclusive um deles é um fornecedor. No entanto, esse fornecedor não se beneficiava com esses valores, ele repassava integralmente ao ex-gerente, mas concorreu para que acontecesse os crimes de estelionato. A terceira pessoa ainda estamos investigando para delimitar a atuação dela”, explicou o delegado.
Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil também realizou uma apreensão de um veículo de luxo, que é de propriedade do suspeito. “O senhor preso reside em um apartamento de luxo, vamos investigar a incompatibilidade dos imóveis dele. Ele é sócio de uma empresa. De acordo com as investigações, um caminhão do tipo cegonha e outros bens que ainda estamos fazendo levantamento junto ao Detran e aos Cartórios da Paraíba e de outros estados, uma vez que ele é oriundo do Rio de Janeiro”, completou Luiz Eduardo Montenegro durante entrevista coletiva na Central de Polícia.
Os golpes começaram a ser aplicados pelo gerente quatro meses depois de ser contratado pelo hotel, em 2011. As fraudes continuaram até setembro de 2015, quando foi demitido por justa causa pela empresa. “O hotel deu início a uma auditoria interna, constatou esses desvios e fraudes. Estamos com bastante provas, com muitos indícios contra o suspeito e os demais. Acreditamos na condenação do suspeito e esperamos que ele faça o ressarcimento à empresa pelo menos de parte do prejuízo que causou”, concluiu o delegado.
A prisão foi feita pela Polícia Civil, por meio da delegacia da cidade do Conde, no apartamento do suspeito, no bairro de Intermares, em Cabedelo. O suspeito vai ser indiciado pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Além da prisão, o homem também deve ter que ressarcir a empresa vítima dos prejuízos.
G1