Deputados da bancada do Governo do Estado reagiram a articulação dos oposicionistas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar os chamados funcionários ‘codificados’ pagos pela administração estadual. Ambos do PSB, Estela Bezerra e Jeová Campos alegaram que a tentativa de abrir a Comissão é somente para tirar o foco dos escândalos nacionais envolvendo nomes do cenário político paraibano.
“A oposição está apavorada com os nomes locais que apareceram nas listas de doações da JBS e de fato está buscando fazer render um assunto que já está esclarecido”, disse Estela.
Segundo a parlamentar, ao contrário das suposições levantadas pela oposição a respeito dos ‘codificados’ o governo tem tido transparência com esses pagamentos. Contudo, ela reconhece que essa questão precisa passar por uma reformulação conjunta. “No meu entendimento, essa questão precisa ser superada, já que temos servidores que recebem por um código e não dispõe de direitos previdenciários, mas é uma co responsabilidade não só desse governo”.
A deputada reafirmou a importância de discutir a questão com a devida seriedade. “É preciso que as instituições, inclusive o Governo Federal, vejam uma solução que não seja tão onerosa e impactante para os governos dos estados. Não é responsável tratar o assunto com a distorção de informações com que vem sendo tratada”, afirmou.
Jeová também rebate
O deputado Jeová Campos (PSB) também rebateu essa possibilidade de CPI e ainda desafiou o seu colega parlamentar Tovar Correia Lima (PSDB) a participar de um debate público sobre a contratação de codificados na Paraíba. “Eu estou disposto a fazer esse debate aqui, na ALPB, ou em qualquer outro lugar e vamos pegar os dados, os números, para saber quem implantou essa forma de acesso às funções públicas no estado da Paraíba e quem fez dela sua prática mais constante”, disse Jeová.