A greve dos professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) continuará e a prioridade das ações serão atos e manifestações em João Pessoa, para pressionar o Governo do Estado a retomar o diálogo com o Comando de Greve da categoria. A decisão foi tomada numa Assembleia Geral realizada nesta quinta-feira. Os docentes também escolheram a representação da entidade ao 62º CONAD do ANDES-SN.
A assembleia começou com os informes da diretoria da ADUEPB e do Comando de Greve sobre as últimas negociações com a Reitoria, sobre a audiência convocada pela Reitoria com uma comissão de professores substitutos que pretende retornar ao trabalho e sobre as audiências que o Sindicato participou na Curadoria da Educação de Campina Grande e também sobre a crise dos substitutos, além de uma reclamação de estudantes sobre a greve da categoria.
Em seguida, os professores discutiram e aprovaram a participação da ADUEPB no 62º CONAD do ANDES-SN, que ocorrerá no período de 13 a 16 de julho, em Niterói (RJ), e escolheram como delegado representante da entidade, o professor Edson Holanda. Como observadora, representando a base da categoria, foi escolhida a professor Rita de Cássia, do Campus de Guarabira.
No ponto de pauta sobre avaliação de greve, os professores aprovaram por ampla maioria a continuidade da greve, com prioridade de ações em João Pessoa, com o objetivo de pressionar o Governo do Estado a retomar o diálogo com o Comando de Greve.
Também ficou definido que a prioridade nas negociações é tentar contemplar reajuste salarial e o descongelamento das progressões de carreira, a partir das possibilidades apresentadas pela Reitoria, caso o Governo do Estado cumpra o orçamento aprovado pela Assembleia Legislativa para a universidade, a ser executado até o final deste ano.
Também foi aprovada a proposta de solicitar ao Dieese a elaboração de um estudo sobre o que será possível atender da pauta de reivindicações da categoria, dentro dos recursos disponíveis, caso o Governo do Estado repasse para a UEPB os valores correspondentes ao orçamento executado em 2016, ou seja, R$ 307 milhões.
Duas moções foram aprovadas na assembleia. A primeira repudiando as posturas de discriminação e de machismo do reitor Rangel Júnior em relação à professora aposentada e integrante do Comando de Greve, Lourdes Sarmento.
A segunda repudiando as posições contrárias as lutas dos trabalhadores que deputados e senadores paraibanos estão adotando no Congresso Nacional, especialmente em relação as contrarreformas trabalhista e previdenciária e a Lei da Terceirização.