Wilson Filho toma posse no Parlasul e defende concordância para criação da Zona Franca do Semiárido

O deputado federal Wilson Filho (PTB) tomou posse nesta segunda-feira (13) como membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), em Montevidéu, no Uruguai. O paraibano terá como bandeira o desenvolvimento regional, mas especificamente sobre a Decisão do Conselho do Mercado Comum (CMC) 8/1994, que trata sobre a não concordância automática para criação de qualquer Zona de Livre Comércio nos países membros. A Sessão Plenária foi presidida pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que também deu posse a outros três brasileiros.

“Nós vamos expor a PEC 19/2011, de nossa autoria, que cria a Zona Franca do Semiárido. Penso que as peculiaridades dessa região nordestina, quanto a sua condição climática e a situação social da população, são motivos justificáveis para o estabelecimento de uma área de livre comércio. Além disso, o Brasil tem uma dívida histórica com essa região. Não tenho dúvidas que o desenvolvimento do Semiárido passará pela criação da Zona Franca”, defendeu.

A Norma, além de não concordar com o estabelecimento de novas áreas, também fixa prazos e regras para o funcionamento das Zonas Francas de Manuas (Brasil) e de Tierra Del Fuego (Argentina). 

O Parlasul é o órgão democrático e legislativo da representação civil dos Países do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Ele tem sede Montevidéu, no Uruguai, e é composto por 139 parlamentares, que se dividem por país segundo a proporção populacional. Atualmente, o Brasil é representado por 75 parlamentares; a Argentina, por 43; a Venezuela, por 23; o Uruguai e o Paraguai, por 18 cada.

Zona Franca do Semiárido – O projeto que cria a Zona Franca do Semiárido Nordestino (PEC 19/11) propõe uma área de livre comércio entre 93 municípios, para exportação e importação com incentivos fiscais, pelo prazo de 30 anos. A isenção proposta beneficia parte dos nove estados do Nordeste e de Minas Gerais, partindo da sede que será em Cajazeiras, no Sertão paraibano, em um raio de 100 quilômetros. A estimativa é que o projeto possibilite a criação de cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos.

A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e na Comissão Especial formada para analisar a matéria, aguardando apenas votação em plenário.

Assessoria

Related posts

Prefeito, vice-prefeito e base política de Serra Branca declaram apoio ao deputado George Morais para 2026

Hugo Motta anuncia que urgência do PL da anistia não será pautada na Câmara

João Azevêdo assume comando do PSB na próxima segunda-feira