Após Michel Temer admitir que votação da reforma da Previdência pode acontecer só em fevereiro de 2018, foi a vez do do núcleo mais próximo do presidente e seus principais articuladores políticos já começarem a falar abertamente da possibilidade da votação não acontecer neste ano na Câmara. O deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP), líder do governo, participou nessa terça-feira (12) de um jantar com o presidente.
O discurso é de otimismo, há a sensação de que o apoio à proposta vem aumentando entre os deputados. Porém, há dúvidas se será possível angariar todos os 308 votos necessários para a aprovação das mudanças na aposentadoria antes do início do recesso parlamentar, em 23 de dezembro.
Na saída do evento, Aguinaldo disse que Temer manteve o discurso positivo em torno da matéria, e que a estratégia é “forçar a votação”, mas sem correr riscos. “Na reunião, Temer manteve o discurso de otimismo. A estratégia é forçar a votação e marcar uma data. Se melhorar até o fim de semana, vota. O governo quer ter 320 votos para não correr riscos”, declarou.
O paraibano admitiu que só a pressão da sociedade poderá levar à aprovação da reforma. “Tenho certeza de que quando mudar essa percepção da sociedade, a pressão será outra, será pela aprovação da reforma da Previdência”, afirmou Ribeiro.