A Paraíba está começando o ano de 2019 com apenas 17,03% de água disponível em seus açudes para o abastecimento da população. Esse percentual é uma média da quantidade de água que o estado ainda tem para ofertar aos seus mais de 3,9 milhões de habitantes nesse início de janeiro.
O cálculo foi feito com base na soma da capacidade total e dos volumes mais recentes de todos os 128 açudes monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa).
Se a água que a Paraíba tem nesse início de ano fosse dividida entre os 3.996.496 habitantes do estado, cada um receberia 161,1 m³ de água, o que equivale a cerca de 161 mil litros. O total seria suficiente para mais de três anos, uma vez que, segundo o Instituto Trata Brasil, o consumo médio de água no Nordeste por habitante é de 112,5 litros por dia.
Entretanto, é preciso lembrar que cada açude tem um nível de volume morto diferente. O volume morto é quando não há mais condições para captação da água de um reservatório.
Os dados da Aesa mostram ainda que, dos 128 açudes da Paraíba, apenas um está sangrando (com 100% da capacidade total), 38 açudes estão em situação crítica (com menos de 5% do volume total) e 39 estão em observação (com menos de 20%).
O açude São José II na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano, é o único que está sangrando. Entretanto, isso só está ocorrendo porque o açude está recebendo águas da transposição do Rio São Francisco.
Três dos cinco maiores açudes da Paraíba estão em situação preocupante, com menos de 10% do volume total. São eles: Coremas (9,5%), Mãe D’agua (6,04%) e Acauã (7,21%).