Polícia encontra cova e roupas de jovem que teria sido assassinada pelo namorado no Cariri

A Polícia Civil da Paraíba já encontrou provas e elementos suficientes para concluir o inquérito sobre feminicídio que teve como vítima Ana Katarina, 17 anos. A equipe de investigação conseguiu localizar a primeira cova onde ela havia sido enterrada, antes de ter o corpo queimado, e também encontrou as roupas que ela usada no dia em que desapareceu. O namorado dela Alisson Bruno, 21 anos, é apontado como autor do crime.
Nesta terça-feira (23) o delegado que investiga o caso, Durval Barros, informou que ainda esta semana vai encaminhar o inquérito para a Justiça. Ainda seria feita uma perícia para confrontar as roupas e cova com o DNA da família, mas esse procedimento foi descartado após a mãe de Ana Katarina fazer o reconhecimento das roupas dela.
“Esse pedaço de tecido era do casaco que ela usava”, disse a mãe de Ana Katarina
Segundo a investigação, Alisson matou a namorada na cidade de Soledade, no Cariri paraibano, no dia 3 de junho de 2018 e enterrou o corpo dela na zona rural do mesmo município. Porém, dias depois ele voltou ao local para desenterrar o corpo e queimar. Depois de carbonizar o corpo, o namorado pegou a ossada e jogou as margens da BR-412, no município de Boa Vista. A ossada foi encontrada em 29 de julho de 2018, quase dois meses depois do crime. Alisson está preso desde o dia 4 de abril deste ano.
A Polícia Civil já havia encontrado uma lanterna, uma enxada e a moto que foram usados no dia do crime. O local onde a ossada foi encontrada já havia sido periciado. Com o encontro dessa primeira cova que ela foi enterrada e as roupas, a investigação está concluída. A investigação durou mais de 10 meses e foi feita por apenas dois policiais, Wellison Vagner e Martins Júnior, e o delegado Durval Barros.
As provas
Entre as provas que o inquérito da Polícia Civil vai embasar a denúncia do Ministério Público estão a lanterna e a enxada usada para cavar cova, as roupas de Ana Katarina, a moto usada no dia do crime, os resultados dos confrontos de DNA entre a ossada de Ana e a mãe dela, laudo do local onde a ossada foi encontrada e da primeira cova.
Além dessas provas, o que fortalece o inquérito é o depoimento de um adolescente amigo de Alisson que contou a Polícia Civil tudo que sabia sobre o crime. No depoimento, a testemunha diz que Alisson lhe procurou para contar que havia matado a namorado, contar o plano que tinha para ocultar o corpo dele e que Alisson ainda lhe pediu ajuda para ocultar o crime.
Planos
Na investigação também foram identificadas duas tentativas de despistar a investigação. A testemunha contou a Polícia Civil que Alisson tinha o plano de após executar todo o crime ligar par a polícia e incriminar um rapaz de nome “Jhony” que seria uma paquera de Ana.

Segundo a Polícia Civil, Alisson também criou um perfil falso em uma rede social e se passou por Ana Katarine para conversar com familiares e dizer que estava tudo bem com ela, para fazer parecer com que ela estivesse viva.

Related posts

Servidor público morre vítima de descarga elétrica em São João do Cariri

Capotamento de veículo deixa uma vítima fatalno Cariri

Monteirense suspeito de matar mulher em João Pessoa tem prisão mantida após audiência de custódia