Os peritos da Aeronáutica terminaram, nesta terça-feira (28), de recolher os destroços do avião em que viajava o cantor Gabriel Diniz. No começo da noite desta terça, a remoção dos destroços terminou com a retirada do motor do avião.
A aeronave caiu na última segunda-feira (27) no município de Estância, em Sergipe, e todos os três ocupantes acabaram morrendo. Peritos da Polícia Federal e da Aeronáutica buscaram pistas para tentar explicar o acidente no manguezal fechado e de difícil acesso onde caiu o avião.
A asa do avião foi encontrada a cerca de cinco quilômetros do local do acidente e levada para o posto da Polícia Rodoviária para que seja feita a perícia.
“Tem sido difícil pela própria região, uma região de manguezal, então o solo não é firme. A gente tem muita vegetação que impede a chegada da embarcação para que então o material seja retirado”, disse Márcio Alberto Gomes Silva, delegado da Polícia Federal.
Um ponto importante é entender como estava o tempo na hora do acidente. A carta aeronáutica disponível na segunda-feira (27) para todos os pilotos mostra num trecho as condições meteorológicas entre Salvador e Aracaju: céu nublado com nuvens entre quatro mil e 1.700 pés. Uma condição aceitável para voo visual feito, normalmente, a 1.500 pés, quase 500 metros do solo.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) investiga se o cantor usou um avião de instrução como táxi-aéreo. Segundo especialistas, a principal diferença é que o táxi-aéreo tem regras mais rígidas na formação e treinamento da tripulação, e o fretamento de aeronaves de instrução é proibido.
O Aeroclube de Alagoas, dono do monomotor, disse que foi uma carona, mas Erivaldo Farias, pai do piloto Abraão, nega. “Não foi nada de carona. O acerto que ele fez foi para levar e trazer o cantor”, explicou Erivaldo.
Antes de embarcar, Gabriel Diniz postou um vídeo nas redes sociais. Em tom de brincadeira, ele sugere que pagou pelo transporte. “Tive que pagar os custos. Você tem que dar esse presente aí para mim”, disse.