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A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, nesta sexta-feira (30), que não tem garantias que a parada no bombeamento da Transposição do Rio São Francisco é uma questão apenas política do presidente Jair Bolsonaro (PSL) contra o Nordeste. A petista participará do ato SOS Transposição – O Grito do Nordeste, programado para acontecer no próximo domingo (1º), em Monteiro, no Cariri paraibano.
“Dado [estudos] eu não tenho, mas dá para ver pela fala de Bolsonaro em relação ao Nordeste. Ele já falou barbaridades, desrespeitou o Nordeste, os nordestinos. É uma posição política, não tem problema técnico. Eles querem desmoralizar uma obra feita por Lula, para que ela fique sem funcionamento para ser um elefante branco, eles são bem maldosos”, disse Gleisi em entrevista à Rádio Jovem Pan de João Pessoa.
A petista ainda cobrou a participação do governador João Azevêdo (PSB) no evento do próximo domingo. “Eu acho que seria bom ele participar. Porque é um ato de grito pelo Nordeste. Essa questão da transposição é na casa do governador, é em Monteiro. Acho que seria bom ele participar, é importante que o governador, que é chefe do estado, esteja aí na luta”, afirmou.
Na última terça-feira (27), João Azevêdo revelou que recebeu uma uma nota do Ministério do Desenvolvimento Regional atribuindo a parada do bombeamento a problemas técnicos. Ao contrário de Gleisi e do ex-governador Ricardo Coutinho, que politizaram o tema, Azevêdo deu crédito de confiança ao Governo Federal.
“Há quase seis meses, houve um problema na estrutura do canal, que foi recuperado. Voltou a bombear e entrou em operação. Depois do dia 15 de agosto aconteceu um novo problema em uma barragem em que houve a sinalização de um alerta de segurança, paralisando o bombeamento para se analisar o problema. O relatório é técnico e espero e creio que seja essa a verdade. Não posso desconfiar jamais. O que eu cobro é agilidade do processo”, relatou.