Ex-deputado paraibano e pai são alvos da 5ª fase da Operação Xeque-Mate

A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (8), a quinta fase da Operação Xeque-Mate, que investiga desvios de dinheiro público pela administração de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e em empresas contratadas pela Prefeitura para fornecimento de medicamentos. As ordens judiciais foram determinadas pela 16ª Vara da Justiça Federal e o objetivo era reunir elementos de prova relacionados à prática de crimes e desvios de verbas públicas federais destinadas à aquisição de remédios. Uma bolsa cheia de dinheiro foi apreendida em um dos endereços investigados.
Até a publicação desta matéria, a Polícia Federal não havia divulgado os nomes dos investigados nesta fase da Xeque-Mate, mas a TV Correio conseguiu apurar que tratam-se do empresário André Augusto Castro do Amaral e de seu filho, o ex-deputado federal André Augusto Castro do Amaral Filho. Em nota à imprensa, eles se declararam inocentes e disseram que estão sendo alvos de calúnia por parte de “um criminoso confesso que quer se beneficiar da delação premiada para atacar a honra alheia”. O texto não diz expressamente quem seria o delator.
“Tenho a informar aos paraibanos que não devo e não temo essa ou qualquer outra investigação, pois temos a consciência de que andamos rigorosamente na linha. A disposição da justiça estamos para esclarecer denúncias sem provas e lamentamos que a palavra de um criminoso confesso sirva para destruir reputações através do espancamento público”, diz a nota.
O texto nega também que a Polícia Federal tenha encontrado itens comprometedores, incluindo dinheiro, embora fotos do montante tenham sido divulgadas oficialmente pela assessoria de comunicação do órgão. A nota menciona ainda transtornos causados pela operação à filha do empresário e irmã do ex-deputado federal.
“Não encontram nada em nossas residências, muito menos bolsas com dinheiro, como divulgado na mídia, a não ser o susto de minha filha grávida de sete meses e, que pelo pavor, precisará de cuidados médicos”, garante o texto.
A operação desta terça-feira contou com a participação de 50 policiais federais. Também participaram das atividades o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB).

Conforme a PF, os investigados nesta fase da Xeque-Mate poderão responder por formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e fraude licitatória. As penas para estes crimes, se somadas, podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

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