O auxílio emergencial pago atualmente pelo governo federal é de R$ 600, valor que pode ser dobrado no caso das mulheres que chefiam famílias. O benefício foi criado para atender à população que atua no mercado informal. A proposta inicial do Executivo era o pagamento de R$ 200 mensais, porém, o valor foi potencializado pelo Congresso, chegando a R$ 1,2 mil. A prorrogação do benefício, de acordo com Santiago, servirá para garantir o sustento da fatia da população mais fragilizada pelos efeitos econômicos do coronavírus.
“Além da crise sanitária que colapsou o sistema de saúde pública brasileiro, o vírus ainda mergulhou o país em uma crise econômica de proporções imensuráveis, em razão da suspensão do funcionamento de milhares de empresas prestadoras de serviços e de atividades industriais”, justifica Santiago, no projeto protocolado na Câmara. A previsão inicial do programa é que haja o pagamento em três parcelas mensais aos trabalhadores. O problema é que os especialistas acreditam que os efeitos econômicos permanecerão após o confinamento.
A previsão da Caixa Econômica é a de que a segunda parcela do benefício comece a ser paga na semana que vem. Os últimos dados oficiais mostram que foram pagos, na primeira parcela, R$ 35,5 milhões para o atendimento a 50 milhões de brasileiros. A proposta de Santiago estabelece, ainda, que os pagamentos ocorram por meio de conta bancária, que tem criação automática obrigatória. Caso o projeto seja aprovado, os próximos meses deverão oferecer menos problemas para a população, que sofre atualmente com as filas nos bancos.
O projeto de Wilson Santiago surge no momento em que os governos estaduais e municipais vêm intensificando as medidas de isolamento social. A expectativa do parlamentar é que, com isso, pode haver maior perspectiva de retração econômica. O que eleva ainda mais a importância do projeto protocolado pelo paraibano.
O levantamento do Ministério da Saúde mostrou que mais 844 pessoas tiveram morte confirmada nesta quinta-feira (14). Com isso, o número de mortes cresce para 13.993. Ao todo, 202.918 casos da doença foram confirmados oficialmente no período de 24 horas.