Sem citar explicitamente pagamentos, o “pastor” utilizou o termo ‘propósito’, no qual o usuário faria um ‘propósito’ pelo feijão. A Procuradoria afirmou que, apesar do ‘disfarce linguístico’, o intuito de Valdomiro era levar fiéis a pagarem valores para obter as sementes ‘mágicas’, visto que elas só seriam entregues àqueles que exibirem comprovante de pagamento.
“O uso de influência religiosa e da mística da religião para obter vantagem pessoal (ou em benefício da entidade Igreja Mundial do Poder de Deus), mediante artifício (consistente na indução em erro das vítimas, mediante abuso do poder religioso), sem resultado (pois não há evidência conhecida de cura da covid-19 por intercessão de alguma divindade nem por ingestão ou plantação de feijões mágicos) está claro pelo contexto da gravação e pela finalidade do noticiado de auferir vantagem indevida”, afirmou a Procuradoria.