Pesquisa é retrato e a fotografia do momento revelada pelo Instituto Data Vox, no PBAgora, tem imagem nítida, sem desfoque, de fácil leitura: a tendência de reeleição do governador João Azevêdo (Cidadania).
Na largada do ano eleitoral, o governador tem 40,7% das intenções de voto. Uma partida considerável para um gestor que está, neste momento, na mira de intenso bombardeio.
O resultado surge enquanto João navega seu barco no mar revolto da penosa e vencida crise com a PM e na tempestade da fuga de importantes integrantes da base para candidaturas próprias, como o senador Veneziano Vital (MDB) e a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT).
Como era presumido, o mais competitivo adversário do governador, até aqui, é o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), detentor de 14,2% da preferência.
Filiado ao partido de maior aderência oposicionista, Pedro tem uma espécie de precedência na escolha do eleitor de oposição. Natural, foi quem mais fez contraponto ao governador durante os últimos três anos. É, digamos, o mais legítimo e autorizado adversário de João, entre os demais concorrentes.
Recém-ingresso no xadrez pra valer e em franca campanha pelos municípios desde janeiro, Veneziano Vital – nome em evidência nos últimos 30 dias – tem 6,6%, quase o mesmo desempenho de Luciano Cartaxo (PT), com 5,9%. Nilvan Ferreira (PTB) aparece com 3,2% e Lígia tem 1%.
Para os aliados do governo, os números, portanto, são animadores. Um tonificante em instante de fatos adversos. Demonstram também que os movimentos profissionais da política nem sempre encontram eco na ponta, no eleitor.
A folgada dianteira do governador, entretanto, não significa eleição antecipada ou por W.O – vale lembrar aos apressados e eufóricos. Ninguém ganha e nem perde de véspera. Mas, o primeiro retrato eleitoral de 2022 mostra que João está muito bem na foto! É fato.
Por Heron Cid