O Escorpião e o Sapo é uma fábula sobre um escorpião que pede a um sapo que o leve através de um rio. O sapo tem medo de ser picado durante a viagem, mas o escorpião argumenta que se picar o sapo, o sapo iria afundar e o escorpião iria se afogar. O sapo concorda e começa a carregar o escorpião, mas, no meio do caminho, o escorpião acaba por ferroar o sapo, condenando ambos à morte. Quando perguntado pelo sapo por que havia lhe picado, o escorpião responde que esta é a sua natureza e que nada poderia ser feito para mudar o destino.
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) é desse tipo de escorpião. A prática é a mesma, usa para alcançar seus objetivos, depois abandona e trai.
Com João Azevêdo não está sendo diferente. Usou o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, para fazer a pressão e conseguir a vaga de Senador na chapa de João. Provocou a saída de Veneziano da base e a saída de Efraim Filho e do União Brasil. Em troca, o governador esperava de Aguinaldo apoio irrestrito, recebeu dele os primeiros sinais de traição.
Lembro que em um recente artigo alertei que uma escolha errada teria consequências futuras. As consequências vem logo. Num futuro próximo. Aguinaldo Ribeiro minou a base de João, dividiu as lideranças políticas, e agora trabalhará à candidatura da Senadora Daniella Ribeiro ao governo. Anotem, Aguinaldo enfraqueceu João para fortalecer seus projetos pessoais.
Hoje, em entrevista a imprensa, após assumir o PSD, Daniella disse que não era da base do governo, e não descartou a candidatura ao governo. Mesmo tendo um CPF diferente, com certeza a fala foi em sintonia com o irmão.
Agora, para terminar de afundar João Azevêdo, vai forçar a saída do partido Republicanos, exigidindo deles, um apoio que antes ele não quis ter. Enquanto isso, fortalece seus projetos, com 4 partidos em suas mãos e filiando lideranças do governo, ele pavimenta a candidatura de sua irmã ao governo.
E o senado? Coragem pra disputar o Senado, ele não tem, isso podem ter certeza, tanto, que segura sua base sem abrir espaço para ninguém.
É João Azevêdo, existe um velho ditado, não se troca amores velhos por amores novos, os resultados são ruins. Na política não é diferente.
Ainda dá tempo voltar atrás, antes que seja tarde demais. Assim como na vida, na política não devemos ter o compromisso com o erro.
Aguarderemos os próximos capítulos.