O prefeito de Ouro Velho, Augusto Valadares, disse que discorda da suspensão de shows determinada pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta segunda-feira (6), o gestor declarou que Ouro Velho tinha condições de gastar R$ 547 mil com a festa, mantendo os investimentos em obras e no pagamento de servidores.
A festa teria shows de Xand Avião, Priscila Senna e outros artistas, mas tornou-se alvo de decisão do TCE-PB que suspendeu shows de Xand Avião e Priscila Senna, considerando a capacidade de investimento e que o município de Ouro Velho está incluído no decreto de calamidade pública.
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, André Carlo Torres Pontes, emitiu, na última sexta-feira (3), uma Medida Cautelar para suspender dois contratos de shows, que somam o valor de R$ 420 mil, firmados entre a Prefeitura de Ouro Velho e as empresas de Xand Avião e Priscila Senna.
“Nossa Prefeitura não é perfeita. Mas tínhamos condições de gastar R$ 547 mil com a festa. Ouro Velho está com obras em andamento, a folha do mês de junho já estava paga no começo desse mês por conta da festividade. Respeito a decisão do Tribunal e do conselheiro, mas não concordo. Dava para realizar a festa sem interferir na folha de pagamento, nas obras. E esse decreto de calamidade não só tem Ouro Velho”, argumentou o prefeito.
Ainda de acordo com o prefeito Augusto Valadares, “como a gente conseguiu muitos investimentos com recursos federais e estaduais, fizemos um aporte menor e sobrou dinheiro para realizar a festa. A cidade se vestiu para esse São João. Pousada, bares, lanchonetes, estacionamentos privados estavam se organizando.”
O prefeito aponta que o município não recorreu porque não teve gastos que seriam iniciados nesta segunda-feira com locações e ações para a festa, mas que a iniciativa privada perdeu com a suspensão do evento. “Em dois dias de festa, aproximadamente 50 mil pessoas passariam pela arena que estava sendo montada”, completou o gestor.