Polícia Federal deflagra operação na Paraíba e cumpre mandado de prisão na cidade de Sumé

Na manhã desta quinta-feira (10) a Polícia Federal deflagrou, na Paraíba, uma operação que desarticulou diversas organizações criminosas especializadas no contrabando de cigarros e que praticavam crimes de lavagem de dinheiro. O escopo da investigação também foi a descapitalização dos grupos criminosos.

A investigação contou com a cooperação da Receita Federal, Secretaria da Fazenda do Estado da Paraíba, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal.

Estão sendo cumpridos, por 250 policiais federais, 60 mandados de busca e apreensão e quatro prisões preventivas, expedidos pela Justiça Federal, nas cidades paraibanas de João Pessoa, Cajazeiras, Sousa, Catolé do Rocha, Patos, Sumé; e nos estados do Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

As investigações possibilitaram que fosse decretado o sequestro de bens móveis e imóveis obtidos em virtude das atividades delituosas e o bloqueio de valores na ordem de R$ 1 bilhão, demonstrando o grande poderio econômico das organizações criminosas desarticuladas.

Os trabalhos investigativos constataram que os crimes vinham sendo praticados há aproximadamente dez anos, em razão da identificação e mapeamento das atividades tanto operacionais, quanto financeiras dos grupos criminosos. Os responsáveis pela organização operacional das atividades ilícitas adquiriam os produtos no exterior e introduziam no Brasil de forma clandestina, além de realizar o transporte, armazenamento e distribuição em diversos pontos do território nacional a atacadistas e varejistas.

Quanto ao eixo financeiro, os integrantes realizavam a lavagem de capitais e efetuavam a retirada do País dos recursos provenientes dos crimes de contrabando. Cumpre ressaltar que o contrabando de cigarros, segundo dados das empresas do setor, movimenta aproximadamente 50% do mercado e, portanto, causa um grande prejuízo à sociedade em face do não pagamento de impostos, além de impossibilitar uma maior geração de empregos.

Ainda é uma questão de risco à saúde da população, visto a não existência de controle acerca dos produtos utilizados. Os investigados poderão responder pelos crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão de divisas, os quais, somados, têm pena máxima de 29 anos de reclusão.

O nome da operação – Mercador Fenício – faz alusão aos mercadores fenícios que buscavam novas rotas para seus produtos, o que remete à característica de atuação das organizações criminosas que utilizavam embarcações para o transporte de produtos ilícitos, buscando o mercado do Nordeste e passaram a dominar a distribuição de cigarros ilegais na região.

Related posts

Monteirense suspeito de matar mulher em João Pessoa tem prisão mantida após audiência de custódia

Polícia encontra em Monteiro carro usado na fuga por suspeito de feminicídio em João Pessoa

Homem morre vítima de atropelamento na BR-412, no Cariri