Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante protocolou, nesta segunda, o requerimento de urgência para o projeto que anistia bolsonaristas condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
A matéria tem o apoio de 265 parlamentares e foi protocolada mesmo com o Parlamento esvaziado nesta semana, por causa do feriado de Páscoa.
A oposição tenta evitar que pressões do STF e do Planalto reduzam o apoio parlamentar ao texto. “Diante da pressão covarde do governo para a retirada de apoios, antecipei a estratégia. Agora está registrado e público: ninguém será pego de surpresa”, disse Cavalcante.
Chefe da Câmara, o deputado Hugo Motta disse recentemente que a anistia, pauta defendida por Jair Bolsonaro e aliados, não é o único assunto do país. “O Brasil é muito maior do que isso, nós temos inúmeros desafios”, disse.
No início do mandato na Casa, Motta e até o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, evitaram tratar como prioridade o tema. “Isso não é um assunto que nós estamos debatendo. Quando a gente fala desse assunto em todo instante, a gente está dando, de novo, a oportunidade de nós ficarmos, na nossa sociedade, dividindo um assunto que não é um assunto dos brasileiros”, disse Alcolumbre.
O avanço da mobilização bolsonarista contra as penas impostas aos golpistas, no entanto, tem mudado o clima político no Parlamento.