Em ação conjunta realizada nesta quarta-feira (1º), a Polícia Civil da Paraíba, por meio das Delegacias de Juazeirinho, Taperoá e do Grupo Tático Especial (GTE), com apoio da Polícia Militar, deflagrou a operação “Justiça Silenciada”, que resultou na prisão em flagrante de três mulheres suspeitas de tortura e associação criminosa.
A investigação teve início após uma denúncia anônima informar que uma mulher, com cerca de 40 anos, havia dado entrada no Hospital de Juazeirinho com diversos hematomas e sinais claros de espancamento. Após ser identificada, a vítima foi ouvida na delegacia e, embora demonstrasse forte receio em falar sobre os agressores, relatou ter sido levada até uma residência, onde sofreu aproximadamente 20 golpes com uma espécie de cabo de aço. Segundo ela, a agressão teria ocorrido por ordem de um mandante, no contexto de uma suposta “disciplina” — termo comumente utilizado por facções criminosas para se referirem a punições internas.
Com base nas informações obtidas e diligências imediatas, a Polícia Civil localizou e efetuou a prisão das três mulheres envolvidas diretamente no crime. O suposto mandante da agressão ainda está foragido, e as investigações seguem em curso para localizá-lo e capturá-lo.
A 23ª Delegacia Seccional destacou a importância da participação da população no combate à criminalidade. “Denúncias anônimas são essenciais para que possamos agir com agilidade e eficácia. Agradecemos pela confiança da comunidade e reforçamos o compromisso da Polícia Civil em proteger quem precisa e responsabilizar quem ameaça”, afirmou a corporação em nota oficial.
As presas serão submetidas a audiência de custódia e poderão responder pelos crimes de tortura e associação criminosa. A pena para tortura pode chegar a 8 anos de reclusão, podendo ser aumentada em casos de crueldade ou envolvimento de organizações criminosas.