Segundo o presidente do tribunal, conselheiro André Carlo Torres Pontes, essas cidades devem ser alvo de investigação dos auditores. “Os municípios com baixo índice de eficiência estão gastando muito e vão ser investigados. Eles estão muito ruins em eficiência e vão ter seus gastos com combustível analisados”, explicou o conselheiro.
A lista dos municípios com os piores índices de eficiência do estado é encabeçada por Cruz do Espírito Santo, com um índice de 18%. Logo em seguida parecem Ingá (19%) e Parari (20%). O índice de eficiência leva em consideração as despesas totais com combustíveis e o índice de necessidades dos municípios.
Os piores índices de eficiência no Cariri, em 2017 (%) foram:
Prata 23%
Assunção 25%
Zabelê 26%
Livramento 26%
De acordo com os indicadores do Sagres Combustíveis, Parari já gastou, até setembro, R$ 369,47 por habitante em 2017, a maior despesa per capita do estado. Em todo o ano de 2016, esse número chegou a R$ 533,64 por habitante.
Despesas com combustíveis
Em todo o estado, os municípios gastaram mais com o combustível biodiesel em 2017. Foi um total de R$ 46,87 milhões, que corresponde a 51,1% das despesas totais com combustíveis. A gasolina foi o segundo produto mais comprado, com gastos de R$ 39,12 milhões, o equivalente a 42,7% do total. Em seguida aparecem o óleo diesel, com R$ 4,80 milhões (5,2%), e o álcool, R$ 857,59 mil (0,9%).
Esses gastos dos municípios com combustíveis são principalmente destinados à saúde (29,35) e educação (27,9%). Também têm participação expressiva na distribuição dos gastos o urbanismo (13,6%), a administração (13,2%) e a agricultura (10,9%).