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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do padre Pedro Gomes da Silva, 49 anos, morto com 29 facadas, na cidade de Borborema, no último dia 24 de agosto, e constatou que ele foi vítima de latrocínio.
De acordo com as conclusões do inquérito, também foi constatado que o sacerdote manteve relações sexuais com um dos suspeitos de envolvimento com a morte dele poucos instantes antes do crime.
O inquérito foi finalizado na última sexta-feira (22) e tais afirmações foram dadas pelo delegado Diógenes Fernandes, que é responsável pela investigação do caso.
Segundo ele, duas pessoas são suspeitas de envolvimento com este crime, entre elas um jovem de 18 anos que está foragido e um adolescente de 15 anos, que foi apreendido e segue internado no Centro de Educação do Adolescente (CEA), em João Pessoa
Conforme o delegado, o jovem de 18 anos foi quem esfaqueou e matou o padre e teria se aproveitado da intimidade que tinha com o sacerdote para roubá-lo.
Já o adolescente de 15 anos foi apreendido cinco dias após o crime e deu duas versões sobre o caso. Primeiro, ele confessou o crime dizendo que havia sido convidado para consumir bebidas alcoólicas na casa paroquial e que o homicídio teria acontecido após o sacerdote tentar fazer sexo com ele.
Depois, o adolescente mudou a sua versão, alegando que a motivação do crime era patrimonial.
Segundo as investigações da Polícia Civil, o jovem que está foragido era íntimo do padre e já havia sido coroinha da paróquia. Dois dias antes do crime, ele teria entrado em contato com o pároco e avisado que iria apresentar-lhe um amigo, o adolescente que foi apreendido.
O encontro foi na cidade de Arara e, em seguida, o padre, o jovem e o adolescente foram para a casa paroquial, em Borborema, onde iriam assistir a um jogo de futebol pela TV.
De acordo com o delegado Diógenes Fernandes, houve consumo de bebida alcoólica no local e o ex-coroinha manteve relações sexuais com o padre.
A conclusão de que houve relação sexual entre o padre e o ex-coroinha antes do crime foi feita com base nos relatos do adolescente apreendido, bem como de pessoas que conheciam o sacerdote e o suspeito, além de levar em consideração as revelações das autoridades policiais envolvidas no inquérito.