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Com a transferência do bispo de Guarabira, no Agreste da Paraíba, para a diocese de Nazaré da Mata, em Pernambuco, três dioceses ficam ‘vacantes’ na Paraíba a partir desta quarta-feira (13), situação inédita no estado, segundo Dom Genival Saraiva, administrador apostólico da Arquidiocese da Paraíba desde que a renúncia do arcebispo Dom Aldo Pagotto foi aceita, no último dia 6.
Além de Guarabira, a Arquidiocese da Paraíba, que compreende a região de João Pessoa, está vacante desde o último dia 6 e a diocese de Cajazeiras, no Sertão, segue sem bispo desde setembro do ano passado. Assim, apenas duas dioceses paraibanas estão com bispo atualmente: Campina Grande, chefiada por Dom Delson, e Patos, por Dom Bispo.
De acordo com o Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba, Dom Genival Saraiva, uma Diocese torna-se vacante, isto é, fica privada de seu Bispo, por renúncia, transferência ou morte, mas ele explica que esta situação é transitória. “Como é grande o número de Dioceses no Brasil, a vacância é ‘lugar comum’ que urge uma contínua ação da Nunciatura Apostólica que conduz o processo de nomeações junto à Santa Sé”, explica.
Dom Genival explica que a “Diocese é uma porção do povo de Deus, confiada a um Bispo que a pastoreia, contando sempre com a colaboração dos presbíteros [padres] e de outras forças evangelizadoras”.
No caso de Cajazeiras, vacante com a renúncia de Dom José Gonzalez Alonso, um novo bispo já foi nomeado no dia 8 de junho, mas Dom Francisco de Sales Alencar Batista ainda não tomou posse do cargo.
Em João Pessoa, Dom Genival assumiu como Administrador Apostólico, nomeado pelo próprio Papa Francisco, até que um novo bispo seja designado.
Em Guarabira, Dom Lucena segue na gestão não mais como bispo, mas como Administrador Diocesano até o dia 18 de setembro, entregando depois disso a Igreja a um novo administrador eleito por um Colégio de Consultores, formado por padres da própria diocese.
Arquidiocese da Paraíba
Os nomes das Dioceses fazem referência à cidade sede em que elas atuam, o que gera uma confusão em relação à Arquidiocese da Paraíba, que não atende a todo o estado, mas apenas à região de João Pessoa. Acontece, como descata Dom Genival, o nome vem do tempo em que a capital chamava-se Parahyba. Em 1930 o nome da cidade mudou para João Pessoa, mas para a Igreja o nome foi mantido. “Entende-se, porém, que o Arcebispo da Paraíba não estende seu ofício às demais Dioceses do estado, salvo as prerrogativas que, em termos canônicos, são inerentes a um Arcebispo Metropolitano”, explica.