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O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba disse nessa quinta-feira (9) que o Porto de Cabedelo, na Grande João Pessoa, iria ter a cabotagem de combustíveis reduzida pela metade, o que acarretaria alta nos preços dos derivados de petróleo na Paraíba. A Petrobras e a administração do Porto negaram a informação.
Cabotagem é a navegação com troca de mercadorias de um porto a outro, no mesmo país, em trajetos curtos, e ocorre para reduzir custos e tornar mais eficiente a logística na distribuição de produtos.
Segundo o Sindipetro, essa medida de reduzir pela metade a cabotagem em Cabedelo teria sido acertada durante reunião em Recife (PE) e passaria a valer a partir de setembro deste ano.
O presidente do Sindipetro-PB, Omar Hamad Filho, informou que isso iria provocar uma queda estimada de até R$ 3 bilhões por ano na movimentação econômica do complexo portuário e que essa parte da cabotagem que seria cortada da Paraíba passaria a ser feita no Porto de Suape em Pernambuco.
A Companhia Docas, que administra o Porto de Cabedelo, negou que metade da cabotagem deixará de ser feita na Paraíba e reforçou que o terminal teve movimentação recorde em junho, com crescimento de 46%. “A perspectiva é de resultados ainda maiores nos próximos meses”, disse o presidente da Docas, Lucélio Cartaxo, ao Portal Correio.
Por meio de nota, a Petrobras também negou a informação e disse que a forma de distribuição de gasolina e do diesel em Cabedelo, Suape (PE) e Maceió (AL) não será alterada.
Entretanto, a Petrobras revelou que há planos para uma oferta maior de produtos a partir da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) em médio prazo.
A Petrobras finalizou afirmando ainda que “o local de aquisição dos produtos para suprimento dos mercados é uma opção das companhias distribuidoras, considerando a logística de cada empresa e os aspectos tributários envolvidos”.