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DILMA: PRESIDENTA OU COMPANHEIRA?
A grandeza de um estadista se conhece pelas suas posições em relação aos anseios e demandas da sociedade que ele governa.
No Brasil, o povo clama pela apuração do maior escândalo da história, envolvendo a PETROBRAS, antes símbolo de organização e orgulho verde-amarelo. Mas a economista Dilma Rousseff, primeira mulher a ser eleita e reeleita para a presidência da República em toda a história do Brasil, está a cada dia quebrando o seu discurso, contrariando a confiança que nela foi depositada pela maioria do povo brasileiro.
Com a sua prática política, nem parece a militante que integrou a luta armada de esquerda contra o regime militar, que ficou quase três anos presa e passou por sessões de tortura.
No encaminhamento da apuração das denúncias de corrupção envolvendo o PT, partido que ela integra desde 2001, Dilma não tem adotado a postura de magistrada que o povo espera da chefa de uma nação. A presidenta tem se conduzido mais como “companheira” defendendo ardorosamente seus colegas petistas e afirmando que os movimentos de populares contra a corrupção têm cunho político partidário. Como se todo o acontecimento fosse algo absolutamente normal.
CADA QUAL NO SEU CADA QUAL
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, criticou a ação de promotores, defensores e juízes que, segundo ele, têm impossibilitado as administrações municipais de cumprirem suas promessas e atenderem às metas estabelecidas, como no caso da paralisação das obras de ciclofaixas em São Paulo.
Segundo ele, quem tem competência para administrar uma cidade é o prefeito eleito democraticamente. Promotores, defensores públicos e até mesmo os juízes não são substitutos do prefeito. Se quiserem administrar a cidade, devem se filiar a um partido, disputar as eleições e ganhá-las.
Palavras da justiça!
EDUCAÇÃO POLÍTICA
O governador Ricardo Coutinho e o senador Cássio Cunha Lima, hoje adversários ferrenhos, deram uma aula de educação política.
Na manhã de quarta-feira, durante um evento. os algozes se cumprimentaram, para surpresa geral.
UMAS & OUTRAS
A resposta de Silva Brito aos burocratas do governo
Alexandre da Silva Brito, filho de São João do Cariri, foi um dos maiores líderes da política monteirense, prefeito por várias vezes.
Era um homem sem meias palavras, muito decidido e que não pensava duas vezes para dar uma resposta, mesmo que a sua positividade pudesse desagradar alguém.
Ano de 1980. O governador da Paraíba era Tarcísio Burity, com quem Silva Brito estava chateado, porque o seu governo não vinha atendendo as reivindicações do município. Quem conhecia o temperamento do prefeito sabia que na primeira oportunidade que tivesse, ele iria expressar aquela insatisfação.
Certa manhã do mês de março, estava este escrevinhador (na época, chefe de gabinete) com o prefeito, começando o expediente. A sala já estava cheia de gente.
De repente chega à prefeitura uma equipe formada por 3 pessoas do governo estadual. Fui recebê-las e informaram que eram da Secretaria da Educação. Disseram também que tinham vindo por determinação do governador, falar com o prefeito.
Apressei-me em conduzi-los ao gabinete. Ao recebê-los, o prefeito foi logo alfinetando:
– Espero que tenham trazido alguma coisa importante para o município.
Uma senhora que fazia parte da equipe, pensando em agradar, falou:
– Prefeito, o governador nos mandou aqui para fazermos um diagnóstico das carências educacionais do município, para que o governo possa planejar as ações de apoio.
Silva Brito fez que não entendeu direito e interrogou:
– E como vocês fazem esse diagnóstico?
– Nós iremos passar 2 dias visitando as escolas para identificar as demandas e faremos um relatório substanciado que será encaminhado ao Secretário da Educação, que por sua vez encaminhará ao governador.
Imediatamente, Silva Brito levantou-se e perguntou a eles se já tinham tomado café.
– Já, prefeito, não se preocupe.
De pé, estendendo a mão para os cumprimentos de despedida, o líder monteirense foi direto, dizendo:
– Vocês podem voltar agora pra João Pessoa que aqui a gente já sabe do que as escolas precisam. Digam ao governador que mande livros, cadernos, lápis, farda e merenda. E boa viagem.
Por Simorion Matos