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O TESTE DE DILMA NA PARAÍBA
No ano passado era grandiosa a popularidade da presidente Dilma Roussef na Paraíba, tendo ela obtido, proporcionalmente, no estado, uma das vitórias mais expressivas.
Atualmente, em várias partes do país, a chefe da nação tem sido recebida com manifestações hostis por parte de uma parcela da população, a quem os petistas consideram como “golpistas burgueses”.
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), anunciou que a presidente fará uma visita institucional à Paraíba na próxima semana, para participar da solenidade da entrega de 500 unidades de habitação popular do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’.
Depois da realização de protestos pelo Brasil afora, a anunciada presença de Dilma será um teste do seu atual nível de aceitação junto à população paraibana.
A POLÍTICA DE MONTEIRO EM NÚMEROS
A cidade de Monteiro respira política 24 horas por dia. E os números servem para uma análise sóbria e desapaixonada, mostrando que nos últimos 10 anos, o grupo liderado pelo ex-prefeito e ex-deputado Carlos Batinga perdeu espaços e teve a votação reduzida, enquanto o bloco comandado pelo deputado João Henrique ampliou a sua performance.
Na campanha do ano 2000, Batinga foi candidato à reeleição como prefeito e obteve 8.392 votos e na eleição de 2004, apoiou Doutora Lourdinha, que somou 9.335 votos. Na campanha de 2008 o grupo João Henrique conquistou o poder, elegendo Edna Henrique com 9.315 votos, enquanto Doutora Lourdinha recebeu apenas 7.793 votos.
Em 2012, Edna Henrique praticamente repetiu a votação e foi reeleita com 9.260 votos, derrotando o candidato apoiado por Batinga, vereador Juraci Conrado, que obteve 8.650 votos. No ano passado, na disputa local para deputado estadual, Batinga que em 2010 recebeu 6.576 votos, caiu para 6.349 enquanto João Henrique que em 2010 recebeu 5.342 votos, somou 7.335, crescendo 2.000 votos em 4 anos.
Outro detalhe: em 2000, Carlos Batinga como candidato a prefeito obteve 8.392 votos e na eleição de 2014, na disputa local para deputado, caiu a votação para 6.349 votos. Já João Henrique, como candidato a prefeito, em 2004, obteve 7.682 votos e em 2014, para deputado, somou 7335, praticamente mantendo a votação da eleição municipal de 10 anos atrás.
MST MOSTRA PODER DE ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO
Independentemente dos métodos de atuação e das bandeiras que estejam defendendo, o MST – Movimento dos Sem Terra deu uma demonstração do seu poder de articulação e mobilização, com a interdição de trechos de rodovias federais em vários pontos do país na quarta-feira, 11 de março.
Às 5 horas da manhã cerca de 150 pessoas já estavam a postos na BR 412, na entrada para a Prata. Na Paraíba, foram 11 pontos de interdição, nas diversas regiões do estado. Os manifestantes só liberaram as rodovias depois que foram recebidos pelo governador Ricardo Coutinho.
FIM DOS PARTIDOS NANICOS
Se o Congresso Nacional realmente aprovar a proibição da formação de coligações na eleição de vereadores e deputados, será o fim das pequenas legendas.
Os pequenos partidos poderão ser extintos com a medida. Sem as coligações, vai ser difícil organizar um partido pequeno.
UMAS & OUTRAS
Com apoio do irmão Mariano Bezerra, o poeta Pinto do Monteiro montou uma bodega na Rua Sizenando Rafael. O negócio não deu muito certo, até porque o poeta não tinha experiência no comércio e, pra completar, quem chegasse ao estabelecimento pedindo um quilo de alimento ele dava, além de vender quase tudo fiado.
Certa noite houve uma cantoria na bodega, entre Pinto e João Furiba. Em determinado momento, o rei dos cantadores disse que estava tendo prejuízo na mercearia e que, por causa disso, até estava pensando fechá-la e fazer uma viagem ao Rio Grande do Norte, em busca de melhoria de vida:
“Negociar sem ganhar
Não há cristão que suporte.
Eu acho que vou morar
no Rio Grande do Norte.
Furiba provocou:
“Se você quiser ter sorte
na sua mercearia,
coloque uma etiqueta
em cada mercadoria
e ponha meu nome nela
que conquista a freguesia”.
Pinto prontamente respondeu:
“Triste da mercadoria
que nela tiver teu nome.
Pode vir um guabiru
Com oito dias de fome,
Caga o pão, mija no queijo,
Passa por cima e não come.
Por Simorion Matos