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O Tribunal de Contas da Paraíba aprovou, nesta quinta-feira (5), as contas de 2013 do governador Ricardo Coutinho (PSB). A decisão foi por unanimidade, seguindo o voto do conselheiro André Carlo Torres, relator do processo.
Antes do início da votação, o TCE rejeitou, também por unanimidade, preliminar de suspensão do julgamento colocada pelo Ministério Público, para que pudessem ser acostados a essa prestação de contas os resultados do exame de despesas da Secretaria de Saúde com organizações sociais, objeto de processos específicos ainda em tramitação na Corte.
Em seu voto, o relator declarou o atendimento parcial aos preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal pelo governador do Estado a quem fez recomendações, entre outras, para a criação de uma rotina de repasses de valores devidos ao Fundo Previdenciário Capitalizado, “discriminando Poder, órgão, entidade, nome do servidor, proventos, base de cálculo previdenciária, descontos efetuados, cota patronal e cota dos servidores”.
Recomendou, também, a elaboração dos demonstrativos referentes à projeção atuarial do Regime Próprio de Previdência em conformidade com o que dispõe o manual de demonstrativos fiscais aplicado à União, estados, Distrito Federal e municípios e que seja evitada inconsistência contábil no registro da receita do Fundo de Combate à Pobreza.
Recomendações específicas para o Polo Turístico
Em relação ao projeto do Polo Turístico do Cabo Branco, o TCE recomendou que o Governo promova “o cumprimento de todas as exigências propostas nos Editais 001/88 e 001/90, cobrando dos licitantes a comprovação das condições econômico-financeiras para realização dos empreendimentos, a prova da idoneidade das empresas e empresários e a atualização do ativo da empresa mediante a avaliação atual dos lotes negociados”.
Ainda, que seja reavaliado “o procedimento de Certificação e Regularidade emitido pelo Governo do Estado em 01 de julho de 2013, tendo em vista a observação das várias pendências com relação aos lotes negociados, envolvendo falta de pagamento dos lotes, registro de áreas em dimensão maior do que a realmente adquirida, entrega de Comprovantes de Emissão de Ações Preferenciais fora do prazo e em valores irrisórios, entre outros”.
Quer o TCE, igualmente, a avaliação de cada lote negociado e a emissão das ações em valores correspondentes às cifras atuais e o estabelecimento de exigências com relação ao porte dos empreendimentos a serem construídos.
Despesas
Em 2013, o Governo do Estado movimentou recursos da ordem de R$ 8, 5 bilhões. Os gastos com pessoal e encargos sociais, nesse mesmo exercício, ultrapassaram a cifra de R$ 4,5 bilhões e representaram 53,22% da Despesa Total, índice a ser comparado à participação de 57,44% observada no exercício anterior.
Discriminados por funções de governo, os gastos com Educação atingiram a cifra de R$ 1, 5 bilhão, constituindo, isoladamente, o maior volume de despesas empenhadas pelo governo que dispunha da dotação atualizada para o setor de R$ 1,7 bilhão, no exercício.
O setor da Saúde teve aplicações de R$ 1 bilhão para uma dotação de R$ 1,3 bilhão. O da Segurança, enquanto isso, teve despesas empenhadas de R$ 853 milhões e dotação atualizada de R$ 948 milhões.
Ascom