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Uma semana depois das conturbadas eleições para duas mesas diretoras da Assembleia Legislativa, ainda começam a aparecer detalhes dos bastidores da disputa pela presidência. No 27 Segundos, programa da RCTV (canal 27 da Net digital), o deputado Adriano Galdino (PSB), eleito para o primeiro biênio, revelou que somente no dia 31 de janeiro foi publicado na edição do Diário Oficial a contratação de uma empresa de Minas Gerais par mudar o sistema eletrônico de votação.
Segundo o novo presidente, houve dispensa de licitação e a gestão passada, no último dia à frente da mesa diretora, com a publicação no Diário oficializou a contratação dessa empresa por R$ 23 mil. A contratada mudou o sistema do painel eletrônico, colocando uma urna numa sala ao lado do plenário, para que houvesse a votação. Adriano Galdino disse que os integrantes de sua chapa ficaram surpresos com a informação, porque em nenhum momento foram consultados sobre essa mudança.
Na Assembleia Legislativa, na bancada do plenário há um pequeno painel de metal com três opções de votos para o deputado, individualmente, definirem se contra, a favor ou se abstêm na aprovação das matérias da pauta do dia. Esses painéis foram retirados no dia da votação.
Adriano Galdino disse que haviam fortes suspeitas de seus aliados de que esse procedimento de mudança no painel eletrônio estava viciado. “Ninguém confiava na votação eletrônica da forma como ela foi colocada lá. Não temos desconfiança da urna eletrônica, mas das mudanças que foram feitas de última hora, às pressas, pelo gestor anterior e candidato à reeleição”, disse.
No programa 27 Segundos, o presidente da Assembleia afirmou que o gesto do deputado estadual Tião Gomes (PSL) evitou que fosse feita uma votação sob suspeita. Ele defendeu Tião e argumentou que o aliado “desligou as tomadas e não danificou patrimônio público, como foi espalhado”.
Adriano Galdino considera que os episódios do domingo passada “são páginas viradas” e garantiu que vai procurar conversar com os outros 35 deputados (incluindo o ex-presidente Ricardo Marcelo) para que a unidade seja mantida dentro do plenário. O deputado espera que Renato Gadelha (PSC) reflita melhor e não questione as duas eleições na Justiça.
No caso da eleição de Gervásio Maia (PMDB) para o segundo biênio, Adriano lembrou que os deputados Trócolli Júnior e Raniery Paulino, que votaram em Ricardo Marcelo, permaneceram no plenário e permitiram que o peemedebista obtivesse 23 votos. Adriano conseguiu 19 votos contra 17 de Marcelo. Para ele, a presença de Trócolli e Raniery no plenário referenda ainda mais a legalidade do processo de votação na ALPB.
Portal Correio