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O deputado estadual Frei Anastácio (PT) encaminhou ofício ao secretário de segurança pública da Paraíba, Claudio Leite, pedindo providências na apuração das agressões sofridas pelos radialistas Lindemberg Tavares e Wesley Silva, da rádio Alternativa FM de Sumé, no dia 17 de dezembro, em pleno exercício da profissão. O mesmo pedido está sendo feito para a Associação Paraibana de Imprensa (API).
Segundo o parlamentar, os dois profissionais de rádio alegam que foram vítimas de uma emboscada feita pelo empresário, conhecido por Ivando Produções, que os convidou para uma entrevista em sua própria residência. Quando os dois chegaram lá foram agredidos com fio de aço e pontapés.
Os radialistas haviam relatado no programa que eles fazem a insatisfação da população de Sumé, em relação a uma festa que o empresário havia promovido, com fechamento de ruas e cobrança de ingresso, sem estrutura adequada de sanitários químicos. “Segundo os relatos dos radialistas, o empresário foi visto na rua pelos dois que o abordaram para o direito de resposta. O empresário os convidou para conceder a entrevista na residência dele. Ao chegar lá, os dois radialistas foram bem recebidos pela mulher do empresário, que abriu a portão da casa. Mas, ao entrarem no escritório foram recebidos com golpes de fio de aço e pontapés, por Ivandro, que estava acompanhado por um homem conhecido por Luciano, filho de Chico do Rádio”, denunciou o deputado.
O radialista Lindemberg disse que ainda conseguiu correr, mas o colega dele caiu e, além de sofrer golpes violentos com o fio de aço, foi pisoteado. “Os dois fizeram exame de corpo de delito no IML de Campina Grande. O mais grave é que Wesley provavelmente irá precisar passar por cirurgia em um dos braços, no qual ele já tinha problemas e com as agressões a situação piorou”, destacou o parlamentar.
Afronta à liberdade de expressão
O ofício enviado ao secretário foi acompanhado com cópias do boletim de ocorrência e fotografias com as marcas das agressões sofridas pelos radialistas. “Estamos ainda pedindo proteção para os dois profissionais que estão se sentindo ameaçados de morte. Isso que estamos vendo é realmente um absurdo. Não é possível tolerar fatos dessa natureza, que eram bem comuns durante a ditadura militar. O que ocorreu em Sumé foi um atentado à liberdade de expressão e fere frontalmente o que preceitua a Constituição Brasileira. Espero que a Secretaria de Segurança Pública tome as providências urgentes para apurar esse fato grave e que os agressores sejam punidos nos rigores da lei”, afirmou.
Ascom